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Filha de Tiago Leifert teve câncer grave nos olhos aos 11 meses; entenda o sinal de alerta

Retinoblastoma é uma doença congênita que em 90% dos casos é decorrente de uma mutação celular na retina


				Filha de Tiago Leifert teve câncer grave nos olhos aos 11 meses; entenda o sinal de alerta
Filha de Tiago Leifert teve câncer grave nos olhos aos 11 meses. Reprodução

Na última semana Tiago Leifert gravou um vídeo em sua rede social muito animado com a saúde da filha, Lua, 4 anos, que aos 11 meses recebeu diagnóstico de retinoblastoma do grupo E. Este é o mais grave tipo de câncer no olho de acordo com a Classificação Internacional do Retinoblastoma Intraocular (IIRC). Apesar das terapias invasivas a que é submetida, Lua é uma criança com muita energia que não para de fazer travessuras, conta Leifert. Uma evidência incontestável de que os pais devem estar atentos aos olhos dos bebês.

Causas

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Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier de Campinas e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) o retinoblastoma é uma doença congênita que em 90% dos casos é decorrente de uma mutação celular na retina.

Só 10% dos casos são hereditários e estão associados a uma mutação no gene RB1 que tem a função de suprimir o surgimento de tumores. O oftalmologista explica que a mutação neste gene libera a divisão celular desenfreada que desencadeia o câncer no olho. Por isso, não ter casos na família não garante que a criança está livre da doença. Embora a mutação celular e a genética ocorram durante a fase fetal da vida, nem sempre o bebê apresenta sinais da doença logo que nasce. O retinoblastoma pode surgir até os 5 anos, sendo crucial o acompanhamento oftalmológico nesta fase da vida não para detectar também a catarata e glaucoma congênitos.

Prevalência

Queiroz Neto ressalta que relatório de pesquisadores do INCA (Instituto Nacional do Câncer) na revista científica, International Journal of Cancer revela que a prevalência anual do retinoblastoma no Brasil é de 400 casos entre crianças de 0 a 5 anos, o dobro da registrada nos Estados Unidos e na Europa. Por aqui, a doença representa aproximadamente 4% dos tumores infantis.

A identificação em estágio inicial favorece as chances de cura, evita a perda de visão e até da vida quando o diagnóstico é tardio. Enquanto algumas cidades brasileiras registram entre 21,5 e 27 casos de retinoblastoma por milhão, nos EUA e Europa a prevalência varia entre 10 e 12 casos por milhão. Segundo Queiros Neto isso acontece porque uma grande parcela das nossas crianças não tem acompanhamento oftalmológico nos primeiros anos de vida.

Diagnóstico e sintomas

Queiroz Neto explica que o diagnóstico é feito pelo “teste do olhinho” logo que o bebe nasce. O exame é realizado com um oftalmoscópio, equipamento que emite uma fonte de luz no olho do bebê. Quando a pupila responde com um reflexo vermelho contínuo indica saúde. Se o reflexo for descontínuo ou esbranquiçado sinaliza presença de uma ou mais doenças congênitas.

O sintoma mais frequente é a leucocoria também conhecida como olho de gato, um reflexo branco na pupila. A alteração é percebida sob luz artificial e em fotos tiradas com flash. Nas duas situações os olhos saudáveis emitem um reflexo vermelho como acontece no teste do olhinho. Outros sintomas do retinoblastoma são: estrabismo (olho torto), vermelhidão persistente e movimentos intermitentes dos olhos.

Tratamentos

O oftalmologista afirma que o tratamento geralmente requer uma equipe multidisciplinar e pode ser feito por diferentes técnicas. Uma delas é a terapia focal via destruição térmica, congelamento, laser e ou braquiterapia. Outra é com quimioterapia sistêmica, intravítrea ou intra-arterial e nos casos muito avançados por enucleação, cirurgia que retira o globo ocular para preservar a vida do bebê. Hoje, uma das técnicas mais utilizada é a quimioterapia intra-arterial. Consiste em injetar na artéria da retina o medicamento, diminuindo desta forma os efeitos colaterais sistêmicos que podem ter reflexos na saúde por toda vida. Em 70% dos casos salva a vida e a visão, finaliza.

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