
Na abertura da 14ª rodada da Série B, o América-MG venceu o CRB de virada por 2 a 1, no Rei Pelé. Foi a primeira derrota do Galo jogando em casa. E ela doeu mais por expor uma ferida já conhecida: a dificuldade de transformar presença ofensiva em resultado.
⚽ O primeiro tempo teve três momentos distintos:
O CRB abriu o placar aos 5 minutos com Gegê, após falha do goleiro Matheus Mendes.
O América cresceu, ocupou o corredor central e empatou aos 24, com Figueiredo completando cruzamento de Miguelito.
Nos 10 minutos finais, o CRB voltou a dominar, mas não conseguiu aproveitar as chances para ampliar.
🚨 No primeiro minuto do segundo tempo, Cauã Barros finalizou de fora e contou com um desvio leve. O suficiente para Matheus Albino falhar e o América virar o jogo. O erro custou caro.
🔴 Aos 21 minutos, Fabinho, atacante do coelho, foi expulso. E o que se viu depois foi um roteiro repetido: ataque contra defesa, escanteio atrás de escanteio (foram 14), 34 cruzamentos — só 9 certos. A posse virou ansiedade. E o CRB, mais uma vez, não soube furar o bloco baixo.
📊 Agora, vamos falar de eficácia:
Eficácia é quando 12 finalizações viram 2 gols, como fez o América.
Não é só chutar 26 vezes — é acertar o momento, o alvo e a tomada de decisão.
Eficácia é completar 7 de 10 dribles, como fez o Coelho. O CRB? Só 2 de 10.
É bloquear 12 finalizações do adversário. Ricardo Silva foi gigante nisso.
Eficácia é quando Matheus Mendes, mesmo após falhar, faz 5 defesas e ajuda a garantir o resultado.

O CRB teve mais posse (64%), mais passes (445, sendo 301 no campo ofensivo), mas pouco efeito. É o velho dilema: ter a bola nem sempre significa ter o jogo.
O Galo agora acumula duas derrotas seguidas. A tendência é sair do G4. A oscilação existe — todos passam por ela. Mas que ela seja breve.
