Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

Operações do BPA miram crimes ambientais no litoral e interior de AL

Pelotão Aquático atua para combater pesca predatória e proteger espécies nativas ameaçadas


				Operações do BPA miram crimes ambientais no litoral e interior de AL
Operações do BPA miram crimes ambientais no litoral e interior de AL. Assessoria

Com atenção voltada para os ecossistemas aquáticos mais sensíveis de Alagoas, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) intensificou, nos últimos anos, sua presença tanto no litoral quanto no interior do Estado. Através do Pelotão Aquático, a Polícia Militar (PM) atua na proteção das espécies nativas e no combate aos crimes ambientais que ameaçam a biodiversidade dos corpos hídricos alagoanos.

Instalado às margens da Lagoa Mundaú, entre Maceió e Marechal Deodoro, o grupamento conta com duas lanchas e dois jet skis, que operam no patrulhamento ostensivo das Lagoas Mundaú e Manguaba, além de rios e afluentes no interior. De acordo com o tenente Delmiro, comandante do pelotão, o objetivo principal é a prevenção de crimes ambientais, com foco especial na pesca predatória.

Leia também

“Nosso trabalho é executado a partir do patrulhamento embarcado, com foco nas áreas das Lagoas Mundaú e Manguaba. O policiamento é feito de forma ostensiva em áreas frequentadas por pescadores e marisqueiros. Além disso, nossas equipes executam operações conjuntas com os demais órgãos fiscalizadores para flagrar possíveis irregularidades e crimes ambientais”, explicou o oficial.

Nos cinco primeiros meses de 2024, foram realizadas 29 operações de fiscalização em rios e lagoas de diversas regiões de Alagoas. Nessas ações, o BPA resgatou 51 animais capturados irregularmente, a maioria vítima do uso de apetrechos ilegais, como redes com malhas abaixo do permitido. Segundo os agentes, esse tipo de equipamento captura inclusive filhotes e animais fora da época de pesca, comprometendo a reprodução e a renovação das espécies.

Outro instrumento altamente prejudicial à fauna é o “candango” — uma armadilha artesanal feita com redes presas a estacas, que forma um funil e captura indiscriminadamente todos os animais da área. Nos últimos dois anos, o BPA retirou de circulação 41 desses dispositivos.

De acordo com os dados da corporação, os municípios do complexo Mundaú-Manguaba concentram a maioria das ocorrências, com 96 registros em Maceió, Marechal Deodoro e Pilar. Quase 70% delas ocorreram em Marechal, cidade banhada por ambos os corpos hídricos. Em resposta, o Batalhão Ambiental intensificou a fiscalização, realizando 116 operações nos últimos dois anos, que resultaram em 142 pessoas identificadas — sendo 136 autuadas administrativamente e seis presas por crimes ambientais.

Entre as espécies mais afetadas pela pesca ilegal estão os caranguejos. Só entre 2023 e 2024, o BPA apreendeu mais de 1.080 crustáceos: 670 da espécie uçá e 415 guaiamuns. A captura do caranguejo-uçá é proibida entre dezembro e março, período de defeso determinado pela Portaria Federal nº 395/2016. Já a pesca do guaiamum está totalmente proibida em Alagoas desde 2020. Apesar disso, quase 400 quilos desses animais foram apreendidos nesse período.

Os manguezais, habitat natural desses crustáceos, também vêm sofrendo com os crimes ambientais. Segundo os registros da PM, foram 40 flagrantes nesses ecossistemas em dois anos. A pesca predatória, crime previsto em lei, pode gerar pena de até três anos de prisão — estendida a cinco se houver uso de explosivos ou produtos químicos. No campo administrativo, as multas podem chegar a R$ 100 mil.

Sargento Franklin Araújo, com 18 anos dedicados ao Pelotão Aquático, reforça que o sucesso das ações depende de técnica e estratégia. “Não é apenas sair com o barco de forma aleatória. Precisamos observar uma série de fatores naturais e humanos que influenciam a prática criminosa. Um deles é a tábua da maré. A maioria dos pescadores vai à lagoa no momento em que a maré acaba de encher e se encontra estável. Com isso, organizamos nossos horários de saída de acordo com o movimento do mar em cada dia”, explicou.

Ele destaca ainda a dificuldade de capturar infratores que utilizam olheiros para avisar sobre a chegada das guarnições. Muitas vezes, os criminosos abandonam os apetrechos e escapam pelos manguezais. Por isso, o sargento reforça a importância de formalizar denúncias com o máximo de informações possíveis.

Além dos canais 190 (em caso de flagrantes) e 181 (para denúncias anônimas), o BPA também disponibiliza o número funcional (82) 98833-5879, que atende via WhatsApp. A população pode contribuir informando características dos barcos, tipo de apetrecho utilizado e localização exata da infração.

Com ações cada vez mais estratégicas e integradas, o Pelotão Aquático segue firme na missão de proteger os recursos naturais e garantir que as gerações futuras possam usufruir dos rios, lagoas e espécies que fazem de Alagoas um verdadeiro santuário ecológico.

*Com assessoria

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X