
Celebrado anualmente pela Igreja Católica, o Corpus Christi — expressão em latim que significa "Corpo de Cristo" — reúne centenas de fiéis todos os anos. A data é marcada por missas, procissões e manifestações de fé popular, tendo como destaque os tapetes coloridos que enfeitam as ruas no caminho da procissão. A celebração ocorre sempre numa quinta-feira, 60 dias após a Páscoa, em referência à Quinta-feira Santa, dia da Última Ceia de Jesus com seus apóstolos.
Em Maceió não foi diferente. A Procissão Eucarística pelas ruas do Centro começou às 16h desta quinta (19), concentrando fiéis de todas as paróquias do estado. No fim do cortejo, foi realizada uma missa campal na Praça da Catedral, encerrando a celebração com um momento de comunhão e fé.
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O evento contou com a presença de muitos jovens. Entre eles está Clara Cordeiro, que diz como é importante a presença da juventude neste momento e reflete sobre o significado da data.
“Eu acho muito interessante que a juventude participe de Corpus Christi porque a Igreja fica reanimada; é um reavivamento da Igreja. A Eucaristia não é somente o simbolismo, ela é de fato o corpo de Cristo. E é muito especial nós virmos aqui, nesta quinta-feira, para trazer um pouco da nossa fé para a capital alagoana”, afirmou Clara.

Além dos jovens, o que também chama atenção é a presença de gerações de uma única família. Maria do Socorro, matriarca da família, faz questão de reunir todos neste momento de fé e adoração. “Faço questão de trazer! É o momento mais aguardado pela família”.

Sua filha, Edsângela Maria, segue a tradição familiar e afirma o quão importante é estar presente na procissão, e destacou que este é o melhor momento para estar reunida com os familiares.
“Tem que trazer a família inteira. É porque é o nosso Pai, nosso Criador, então nós temos que estar nesse momento maravilhoso com Ele, porque não tem momento melhor do que esse. Tem que estar a família inteira”, contou Edsângela.
Assim como acompanhou sua mãe na juventude, ela leva consigo as filhas e as netas, levando adiante a tradição da família. “A gente tem que mostrar para as outras gerações que estão vindo aí que o nosso Deus é maravilhoso, só Ele, e não tem outro igual. Sem Ele não somos nada”, completou.

A terceira geração dessa família, Marta Vitória, expressa seus sentimentos quanto ao momento religioso, sobre a família e o quão importante foi a influência de sua mãe para estar presente neste momento. Explicar Deus para as próximas gerações, segundo Marta, é algo essencial, e esta ocasião é uma ótima oportunidade para isso.
“É o momento de a gente expressar nossa fé, e como minha mãe me trouxe pequenininha, eu também trago minha filha, para seguir a tradição — mas não somente a tradição —, e sim para explicar para as pequenas o que é Deus, mostrar que é importante sempre se apegar com Deus. Minha mãe me trouxe pequenininha, cresci na fé, então agora é hora de mostrar tanto para minha filha quanto para minha família”, finalizou ela.