
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta terça-feira (10) ter pressionado o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para que as Forças Armadas elaborassem um relatório contra as urnas eletrônicas.
O ex-presidente foi interrogado nesta terça na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi o sexto réu a depor no processo penal sobre tentativa de golpe de Estado. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro teria liderado uma organização que teria agido para mantê-lo no poder.
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Ao ser questionado sobre relatos de que teria pressionado, em outubro de 2022, o então ministro da Defesa, Bolsonaro afirmou:
"Jamais pressionei seja o ministro que for", afirmou. "Não houve pressão em cima dele [Paulo Sérgio Nogueira] para fazer isso ou aquilo. O relatório dele contou com meu acordo", acrescentou.
A declaração do ex-presidente contradiz o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em interrogatório nesta segunda-feira (9), Cid afirmou que Bolsonaro pressionou Paulo Sérgio Nogueira por um relatório "duro" contra o sistema eletrônico de votação.