
O serial killer de Alagoas, Albino Santos de Lima, foi condenado, nesta sexta-feira (6), durante júri popular, a mais 24 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado. Ele foi julgado pelo assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo, mulher trans de 25 anos que foi executada com um tiro na cabeça em novembro de 2023, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.
Essa já é a segunda condenação de Albino. No primeiro júri, pela morte do barbeiro Emerson Wagner da Silva e pela tentativa de assassinato contra outra jovem, ele foi condenado a mais de 37 anos de prisão.
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No júri desta sexta-feira, o promotor Vilas Boas fez questão de mostrar aos jurados o laudo pericial que comprovou que o réu não era inimputável e, portanto, tinha plena consciência dos seus atos. Sendo assim, ele desconstruiu o argumento da defesa sobre o Albino não ser responsável, de forma plena, pelo crime. Mais uma vez, o MPAL argumentou que o denunciado é um psicopata e não tem valores morais.
O réu, por sua vez, afirmou que cometeu o assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo após ser possuído pelo “fogo do arcanjo Miguel”. Segundo ele, seu corpo foi apenas um instrumento e o arcanjo seria o verdadeiro autor intelectual do crime.
Em seu depoimento, Albino disse que foi “escolhido” pela entidade divina para executar a vítima por causa de sua “habilidade para matar” e que, desde o início, estava sendo guiado pela voz do arcanjo. Ele afirmou que agiu sob ordens recebidas do arcanjo durante todo o tempo.
Agora, o réu volta ao sistema penitenciário, onde já cumpre pena, para aguardar os próximos julgamentos. Conhecido como serial killer de Alagoas, ele teria confessado 18 homicídios na capital alagoana.