
O futebol brasileiro movimentou cifras bilionárias em 2024, mas também viu suas dívidas crescerem significativamente. É o que revela a nova edição do "Relatório Convocados", elaborado em parceria pelas consultorias Galapagos Capital e Outfield, que analisou as finanças dos clubes da Série A.
Segundo o estudo, a soma das dívidas dos clubes brasileiros ultrapassou R$ 14 bilhões, evidenciando uma tendência preocupante: apenas os de menor porte e o Athletico Paranaense conseguiram reduzir seus passivos no último ano.
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Como é calculada a dívida no futebol?
Antes de apresentar o ranking é importante entender o conceito. A dívida representa o total de obrigações financeiras de um clube: desde empréstimos bancários e pagamentos a fornecedores, até impostos parcelados e adiantamentos de receitas, como direitos de TV.
Por outro lado, liquidez é a capacidade do clube transformar ativos em dinheiro para honrar compromissos de curto prazo. A relação entre dívida e liquidez é essencial: um clube com alta dívida e baixa liquidez corre maior risco de insolvência.
Um erro comum no cálculo é deduzir valores a receber por transferências de atletas. No Brasil, com prazos longos e muitas vezes inadimplência, considerar esses valores como redutores da dívida pode gerar uma falsa sensação de segurança.
Um cenário preocupante
O estudo alerta que, mesmo com aumento de receitas, muitos clubes continuam elevando suas dívidas. A exceção fica para o Athletico Paranaense e times de menor porte, que conseguiram reduzir ou controlar melhor seus compromissos.
Outro dado que chama a atenção é a explosão das dívidas de clubes como Fortaleza (+163%), Vitória (+64%) e até mesmo Palmeiras (+77%). A rápida elevação dos passivos expõe a necessidade de uma gestão mais responsável e de maior disciplina financeira.
A relação entre dívida e liquidez será fundamental para os clubes se manterem competitivos e sustentáveis nos próximos anos.
Ranking das maiores dívidas em 2024:

