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França planeja prisão na Amazônia para traficantes e radicais islâmicos

A unidade será inaugurada em 2028 no seu território ultramarino da Guiana Francesa, o que gerou protestos entre moradores e autoridades locais.


			
				França planeja prisão na Amazônia para traficantes e radicais islâmicos
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, visitam a prisão de Vendin-le-Vieil, na França, em 14 de maio de 2025.. Michel Euler/Pool via REUTERS. — Foto: Reuters

A França planeja construir uma prisão para traficantes de drogas e radicais islâmicos próxima a uma antiga colônia penal em seu território ultramarino da Guiana Francesa, o que gerou protestos entre moradores e autoridades locais.

O anexo de segurança máxima fará parte de uma prisão de 450 milhões de dólares (R$ 2,5 bilhões) com capacidade para 500 detentos. A construção do presídio está prevista desde 2017, mas a instalação não tinha objetivo de receber prisioneiros de segurança máxima da França continental.

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				França planeja prisão na Amazônia para traficantes e radicais islâmicos
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, visitam a prisão de Vendin-le-Vieil, na França, em 14 de maio de 2025.. Michel Euler/Pool via REUTERS. — Foto: Reuters

A unidade será inaugurada em 2028, em meio à selva amazônica, no município de Saint-Laurent-du-Maroni, disse o ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, em declarações publicadas neste domingo pelo periódico Journal du Dimanche.

"Sessenta vagas, um regime prisional extremamente rigoroso e um objetivo — retirar de circulação os perfis mais perigosos envolvidos no tráfico de drogas", declarou Darmanin.

Segundo o Ministério da Justiça, das 60 vagas, 15 serão reservadas a condenados por radicalismo islâmico.

"Minha estratégia é simples — atingir o crime organizado em todos os níveis. Essa prisão será uma salvaguarda na guerra contra o narcotráfico"

Segundo o ministro, a localização isolada da prisão na selva amazônica "servirá para isolar permanentemente os chefes das redes de tráfico de drogas" de suas redes criminosas.

Prisão em antiga colônia penal

A Guiana Francesa é o território francês com o maior índice de criminalidade proporcional à população, com um recorde de 20,6 homicídios por 100 mil habitantes em 2023 — quase 14 vezes a média nacional.

Já Saint-Laurent-du-Maroni é um ponto estratégico devido à proximidade com Suriname e o Brasil. De lá, muitos passageiros tentam embarcar voos para o aeroporto de Orly, em Paris, transportando cocaína — seja na bagagem, seja dentro do corpo.

O município também foi o local do notório Campo Penal de Saint-Laurent-du-Maroni, uma colônia penal que operou do meio do século 19 até meados do século 20. A região abrigou prisioneiros políticos franceses emblemáticos, muitos levados para a Ilha do Diabo.

A prisão funcionou por um século e foi retratada no best-seller francês Papillon, posteriormente adaptado para dois filmes.

"Depósito de radicais da França"

O anúncio gerou indignação em toda a Guiana Francesa. Jean-Paul Fereira, presidente interino da Coletividade Territorial da Guiana Francesa — uma assembleia com 51 parlamentares que cuida dos assuntos locais — afirmou que ficaram surpresos com o anúncio, já que o plano nunca foi discutido com as autoridades locais.

"É, portanto, com espanto e indignação que os membros eleitos da Coletividade descobriram, junto com toda a população da Guiana, as informações detalhadas no Le Journal du Dimanche", escreveu ele em comunicado publicado neste domingo nas redes sociais.

Para Fereira, a medida é desrespeitosa. Segundo ele, o acordo assinado em 2017 previa a construção de uma nova prisão apenas para reduzir a superlotação da prisão principal da Guiana Francesa.

"Embora todos os representantes locais tenham, há muito tempo, solicitado medidas fortes para conter o aumento do crime organizado em nosso território, a Guiana não deve se tornar um depósito de criminosos e pessoas radicalizadas vindas da França continental", escreveu.

O deputado franco-guianense Jean-Victor Castor também criticou o projeto, alegando que a decisão foi tomada sem consulta às autoridades locais.

"É um insulto à nossa história, uma provocação política e um retrocesso colonial", afirmou Castor em nota publicada neste domingo, pedindo que a França retire o projeto.

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