
Cícero da Silva, o “Cicinho”, que confessou a autoria da chacina na zona rural de Estrela de Alagoas, no Agreste do Estado, disse em depoimento que não gostava das vítimas, versão descartada durante a investigação. Na verdade, segundo o delegado João Paulo Canuto, testemunhas declararam que todos eram “amigos de farra”.
O homem de 46 anos e a esposa costumavam frequentar a casa onde ocorreu a chacina. "Cicinho" alegou que foi atacado pelas cinco vítimas, o que também foi descartado pela autoridade policial.
“Ele confessou o crime, mas disse que agiu em legítima defesa, situação em que não acreditamos, já que as vítimas estavam espalhadas. Acredito que algumas estavam dormindo no momento. Ele disse que não lembra a ordem em que matou as vítimas nem quantos golpes deu”, explicou o delegado.
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Possessivo e ciumento, o suspeito tinha histórico de violência doméstica. A chacina ocorreu nessa quinta-feira (15). Denúncias feitas pela população foram fundamentais para que a polícia chegasse até Cícero, que está recolhido no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Palmeira dos Índios, mas deverá ser transferido para o sistema prisional.
A esposa de Cicinho também estava na residência — onde morava a irmã dela e uma das vítimas — quando ele chegou, mas conseguiu fugir após perceber a ação criminosa. Foram vítimas Lice Souza da Silva, de 53 anos; José Carlos da Silva, de 53 anos; João José da Silva, de 56 anos; Maria Elizete do Carmo, de 56 anos (dona da casa); e José Rodrigues Machado Filho, de 73 anos.