
Novos ataques na Faixa de Gaza nesta sexta-feira (16) deixaram 64 mortos no território palestino, de acordo com uma contagem feita pela agência de notícias Associated Press com base no balanço de dois hospitais.
Este é o terceiro dia que Israel intensifica sua ofensiva no território. Ao todo, mais de 200 pessoas morreram, segundo a Defesa civil local controlada pelo grupo terrorista Hamas.
Leia também
Segundo a agência, os sobreviventes relataram que ainda havia muitas pessoas nos escombros.
Nesta quinta (15), foi registrado o maior número de mortos em um só dia desde que Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza, em março, com maios de 100 vítimas.
Ataques intensificados
Os ataques desta quinta (15) ocorreram na cidade de Khan Younis, no extremo sul de Gaza. Um cinegrafista da Associated Press em Khan Younis relatou dez bombardeios e diversos corpos sendo levados ao necrotério do Hospital Nasser, que fica na cidade.
A maioria das vítimas, incluindo mulheres e crianças, foi morta em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em ataques aéreos que atingiram casas e tendas, segundo relataram. Mais de 20 crianças foram mortas nos bombardeios desde quarta-feira.
Entre os mortos, estava um jornalista da emissora de televisão catari Al Araby TV, anunciou a rede em suas redes sociais, informando que Hasan Samour foi morto junto com 11 membros de sua família.
O Exército israelense afirmou que sua força aérea atingiu 130 alvos usados por grupos militantes em Gaza nos últimos dois dias.
Os ataques ocorrem enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita o Oriente Médio, passando por países do Golfo, mas não por Israel.
Havia uma grande expectativa de que a visita regional de Trump pudesse abrir caminho para um acordo de cessar-fogo ou a renovação da ajuda humanitária para Gaza. O bloqueio israelense ao território já dura três meses.
Foi a segunda noite de bombardeios intensos, após ataques aéreos na quarta-feira (14) no norte e sul de Gaza que mataram pelo menos 80 pessoas, incluindo mais de 20 crianças.