
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) investiga, agora, a suspeita de que o pai tenha incentivado os dois filhos a matarem Sebastião Fabiano da Silva, de 59 anos, conhecido como "Seu Bastos", em Campo Alegre, Agreste alagoano.
O crime, que ocorreu em uma emboscada à porta de casa, teria sido arquitetado por eles, com a vítima sendo atacada com 15 golpes de foice enquanto se dirigia para o trabalho. Segundo as investigações, o motivo do crime está ligado a desavenças familiares envolvendo uma criança de 5 anos, neta da vítima.
O crime ocorreu por volta das 5h de terça-feira (5), quando a vítima, que seguia para o trabalho de bicicleta, foi surpreendida pelos suspeitos. Câmeras de segurança instaladas nas imediações registraram o momento exato do ataque.
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O primeiro suspeito a ser detido foi um adolescente, que, após ser apreendido, confessou sua participação no crime e revelou detalhes sobre o planejamento da emboscada. O jovem relatou que o ataque foi organizado por ele e seu irmão mais velho, que também foi preso.
A polícia acredita que o pai tenha exercido uma influência moral sobre os filhos, incentivando-os a cometer o homicídio, embora não haja provas diretas que comprovem sua participação ativa, como imagens das câmeras de segurança.
“Temos a suspeita que ele participou moralmente do crime, na questão do incentivo para o filho fazer aquilo, porém, não temos uma imagem técnica, câmera, que possa comprovar a participação do idoso que é pai dos outros suspeitos, mas, tão logo a gente consiga comprovar a efetiva participação dele, iremos fazer o pedido de prisão”, disse o delegado Flávio Dutra, da Delegacia de Homicídios da 6ª Região.
O suspeito se apresentou à polícia nessa quarta-feira (8), mas, por não haver flagrante ou mesmo pedido de prisão, ele não ficou preso.
Para a polícia, o crime pode ter sido motivado por uma desavença familiar envolvendo uma criança de 5 anos, que era neto da vítima.
Segundo o depoimento da família paterna, a vítima estaria usando a criança para fazer chantagens com a família paterna, após a separação de seu filho e da mãe da criança.
“Segundo interrogatório da família paterna da criança, após a separação do casal, a vítima começou a usar a criança para fazer chantagem com a família paterna. A criança, que está no meio desse atrito, estava sendo usada como moeda de troca numa tentativa de conciliação ou até de vingança pela família materna”, explicou o delegado.
A família materna da criança, no entanto, nega as acusações, alegando que foram os familiares do pai da criança quem começaram a ameaçar e chantagear a vítima.