
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) trabalha com a hipótese de que a adolescente Ana Beatriz possa estar morta. A menor de 15 anos foi vista pela última vez após deixar o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Maceió. Um homem já foi preso como suspeito de envolvimento no desaparecimento da Ana Beatriz. As informações apontam que ela saiu da instituição de ensino em um motociclista por aplicativo.
Nesta quarta-feira (30), integrantes da comissão concederam coletiva à imprensa para dar detalhes da investigação.
Leia também
Segundo a delegada Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), há a possibilidade de a jovem ter sido vítima de homicídio.
A Polícia Civil já realizou diversas buscas pela menina, contando com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e da Polícia Militar (PM), na tentativa de localizar a adolescente. Outras buscas serão realizadas à medida que novas informações chegarem até a polícia.
Conforme a delegada, a principal linha de investigação é a participação do suspeito que está preso no desaparecimento de Ana Beatriz, no entanto, outras pessoas também podem estar envolvidas.
Para a polícia, ainda não há motivos para indiciar a esposa do suspeito. Apesar disso, ela está sendo investigada. A comissão também investiga supostas ameaças que a vítima recebeu antes de desaparecer.
“Ouvimos falar das ameaças, mas nada de concreto. A única mulher que teria algum motivo para a polícia fazer diligência seria a esposa do suspeito, mas até agora não temos indícios fortes de que ela seja suspeita de algo ilícito contra Ana Beatriz”, disse a delegada Talita Aquino.
"Existem indícios de que ele mantinha um relacionamento extraconjugal com a Ana Beatriz e, natural, seria se caso a esposa descobrisse, tivesse um desentendimento, mas isso ainda está em análise, a gente não pode dizer que ela teve envolvimento no desaparecimento”, completou.
A delegada afirmou que, desde o desaparecimento, a Polícia Civil atua na tentativa de localizar a adolescente.
“Nós vamos nos reunir para compartilhar detalhes do caso e definir os próximos passos da investigação. Mas quero deixar claro que sempre houve um trabalho em conjunto de todas as unidades da PC, embora não tenha sido criada a comissão, mas desde o início a Delegacia de Homicídio está nos apoiando nas diligências e o que está acontecendo é uma formalização de todo esse apoio”, esclareceu.
A comissão será composta pelas delegadas Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), e Maira Balby, delegada adjunta da unidade; pela delegada Bárbara Arraes, coordenadora da Área da Infância e Juventude; pela delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); e pelo delegado Sidney Tenório, diretor da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ-1).