
A Associação dos Pais e Amigos dos Leucêmicos de Alagoas (Apala) se despediu de uma de suas maiores representantes: Maria Gabrielly, carinhosamente conhecida como Gabi. Desde a infância, ela enfrentou três recidivas da doença e passou por um transplante de medula óssea. E, após uma trajetória de dez anos marcada por coragem, fé e luta contra a leucemia, ela nos deixou nessa segunda-feira (28).
Em fevereiro deste ano, a pequena foi o rosto e a voz da campanha Fevereiro Laranja da Apala, uma ação de conscientização sobre o combate à leucemia. Sua fala inspiradora no vídeo da campanha, publicado nas redes da instituição, ainda ecoa entre os que a conheceram: “Mesmo assim eu não deixo de ter a minha felicidade e a minha fé, e é como eu falo: milagres acontecem.”
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A gerente geral da Apala, Larissa Padilha, lamentou profundamente a perda. “Infelizmente, a Gabi nos deixou. O mês de fevereiro da Apala desse ano foi tipicamente dedicado a ela. Parece que nós estávamos sentindo que não teríamos muito tempo com ela, e ela foi a nossa representante na luta contra a leucemia. Uma luta de 10 anos, com algumas recidivas, com transplante de medula óssea, mas principalmente com muita fé e esperança”, destacou.

Gabi não faleceu em decorrência da leucemia. Segundo a Apala, seu hemograma estava normal, sem presença de células leucêmicas. A causa da morte foi uma complicação rara e grave chamada "enxerto contra hospedeiro", que afetou seus pulmões e provocou uma insuficiência respiratória.
“Esse mês de março tem sido difícil para a Apala, porque a Gabi, assim como a Clara, que perdemos na semana passada, são duas assistidas cujas histórias se confundem com a história da instituição. Elas foram profundamente amadas na Apala. Desejamos que Deus as receba com todo carinho e acolhimento que elas merecem”, completou Larissa.
Nas redes sociais, a notícia da partida de Gabi emocionou voluntários, profissionais da saúde, amigos e seguidores da instituição, que compartilharam homenagens, relembrando-a com carinho.

“A Gabi fazia uma festa e adorava quando eu chegava. Era uma menina adorável! Dez anos de luta e, no fim, descansou. O céu tem uma estrela brilhante iluminando a gente por aqui”, disse um ex-brinquedista da Apala.
Outra seguidora escreveu: “Que Deus a receba de braços abertos e dê total conforto aos familiares e todos da Apala. O tratamento e o acolhimento que vocês prestam a cada assistido… só Deus para agradecer.”
