Em um avanço para tratar pacientes com ideação suicida, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiram encontrar alterações moleculares no cérebro e sangue de indivíduos que cometeram suicídio. A informação é importante para ajudar a identificar pessoas que fazem parte do grupo de risco e indicar o caminho para novas terapias que possam evitar o problema.
“Desde a ideação até a execução, o suicídio deve ser levado a sério. Ele é uma causa de morte evitável com intervenções oportunas, e esta é a principal motivação de nosso estudo. É preciso reduzir o estigma e compreender, de forma ampla e profunda, os diferentes aspectos biológicos, sociais e culturais envolvidos nas alterações de comportamento”, explica a neurocientista Manuella Kaster, uma das autoras da pesquisa, em entrevista à Agência Fapesp.
Existem vários fatores de risco já conhecidos do suicídio, como histórico familiar, traços de personalidade, condições socioeconômicas, exposição a ideias nocivas e presença de transtornos psiquiátricos (especialmente depressão e bipolaridade). Os cientistas brasileiros revisaram dados de outros estudos para identificar alterações moleculares em comum entre as vítimas. A pesquisa foi publicada na edição de fevereiro da revista científica Psychiatry Research.
Os principais marcadores considerados de risco foram alterações em sistemas de neurotransmissores, em especial de neurotransmissores inibitórios, no córtex frontal, área do cérebro que é uma das últimas a se desenvolver completamente e está relacionada ao controle emocional, comportamento e tomada de decisão.
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