A agência de risco Fitch Ratings cortou parte da nota de crédito da Braskem nessa quinta-feira, 14. A nota de crédito em escala global da Braskem foi de BBB-, considerada como grau de investimento, para BB+, grau de não-investimento especulativo, que indica que há uma baixa expectativa de risco de crédito.
A mudança de ranking foi acompanhada por uma observação negativa que citava os riscos ambientais causados pelas operações da empresa e as reclamações no valor de 1 bilhão de reais associadas as indenizações causadas pela exploração de sal-gema em Maceió.
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A nota dizia que tais contextos poderiam piorar o perfil do fluxo de caixa da empresa.
Segundo o documento da Fitch, a Braskem “permanece exposta a uma desaceleração prolongada no setor petroquímico, o que resultou em um aumento significativo da dívida líquida".
Apesar de a companhia ainda ter o grau de investimento pela S&P, com nota BBB-, a perspectiva não é das melhores.
Ainda assim, o rebaixamento não acelera o vencimento das dívidas da empresa, mas dificulta e encarece seu acesso ao crédito.
O corte da nota ainda poderia ter efeitos sobre as negociações para a venda da Braskem. Nesta quinta-feira, as ações da Braskem na Ibovespa operavam em queda, chegando a baixar 5% no dia.
A desvalorização dos papéis da empresa começou a ser notado após o pedido do Ministério Público Federal de bloqueio de 1 bilhão de reais da companhia, por entender que a Braskem está descumprindo acordo de indenização.