Organizações populares vão realizar, nesta quarta-feira (6), um ato contra os crimes ambientais cometidos pela empresa Braskem, que provocou o afundamento do solo nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Farol e Mutange, tendo sido agravado pelo risco de colapso da mina 18. O ato está marcado para as 7h, com concentração na Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA), complexo educacional que também é atingido pelo crime da petroquímica.
A mobilização, impulsionada pelo Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) e pela Associação de Empreendedores Vítimas da Mineração em Maceió, recebe o apoio de várias organizações e movimentos populares do campo e da cidade, além da participação de moradores dos bairros atingidos que foram desapropriados e os remanescentes, como os moradores do Bom Parto, Flexais e Bebedouro, atingidos diretamente pelo descaso diante do agravamento da situação com risco iminente de colapso de uma nova mina na capital alagoana.
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O ato pretende desencadear uma agenda de mobilizações unificadas na capital em denúncia ao crime ambiental, envolvendo as organizações em diálogo com a sociedade. Além dos atos de rua, as ações também têm pautado as iniciativas nas redes sociais, que na última sexta-feira (1º) colocou a menção #BraskemCriminosa como um dos assuntos mais comentados no país nas redes sociais, com a adesão de artistas e parlamentares.
Afundamento do solo
Com base nos últimos dados, a Defesa Civil o nível operacional de alerta máximo foi reduzido para o nível de alerta. O órgão informou que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,86m e a velocidade vertical é de 0,27 cm por hora, apresentando um movimento de 6,2 cm nas últimas 24h, sendo que já foi de até 5 cm por hora às 23h53 no dia 29.
Por precaução, a recomendação é para que a população não transite na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
*Com assessoria