Maceió está em alerta máximo após a iminência de colapso de uma mina operada pela Braskem no bairro do Mutange. A Defesa Civil prevê o surgimento de uma cratera de até 300 metros.
A previsão era que o solo se abrisse no começo da manhã desta sexta-feira (1º), o que não ocorreu, mas isso é "questão de tempo", segundo técnicos.
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Nas últimas 48 horas, foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo. Antes, esse afundamento vinha sendo de 50 cm por dia, segundo a TV Gazeta. O aumento de 3 cm para cada 24 horas foi considerado uma aceleração da movimentação.
Esse afundamento do solo é provocado por causa de uma das minas de sal-gema da indústria petroquímica Braskem. Elas criaram espécies de “ocos” no subterrâneo, que foram preenchidos com um líquido em vazamento. Esses túneis foram construídos desde 1994.
Colapso imediato
Por conta do risco imediato de colapso, houve a proibição da navegação na Lagoa Mundaú, mas não há risco de tsunami, conforme informou o tenente-coronel Moisés Melo, do Corpo de Bombeiros. Porém, ele alerta sobre o afundamento: “É só questão de tempo”.
A Defesa Civil de Alagoas calcula que o tamanho da cratera após o desabamento será de até 300 metros de diâmetro. No momento do colapso, são previstos tremores de terra na região, mas isso não deve provocar estragos nas construções ao redor, segundo as autoridades. Milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas.
A Defesa Civil de Maceió mantém o alerta de rompimento da mina 18 desde a última quarta-feira (30). Uma das previsões era de que o desabamento fosse ocorrer às 23h dessa quinta. No entanto, um novo prazo foi estimado pela Defesa Civil de Maceió, apontando que a ruptura poderia ocorrer por volta das 6h desta sexta, o que não se confirmou.