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HOME > blogs > EDIVALDO JÚNIOR
Geraldo Bulhões, quando governador de Alagoas, num dia descontraído com amigos

BLOG DO
Edivaldo Júnior

Alagoas perde Geraldo Bulhões, o GB, Gente Boa de Alagoas

Geraldo Bulhões virou GB, o Gente Boa, nas eleições de 1990. Foi uma campanha eleitoral única na história de Alagoas. Única num sentido mais amplo. O Estado respirava sob a influência do governo de Fernando Collor, no auge da sua popularidade.

Ter o apoio do presidente da república era tudo que os principais candidatos (o concorrente de GB era ninguém menos do que o senador Renan Calheiros, que havia sido líder do governo na Câmara dos Deputados) queriam.

A campanha mobilizava as ruas em grandes showmícios, programas de rádio e televisão. O guia eleitoral e os debates na TV tiveram grande força na eleição, marcada por uma disputa renhida.

GB saiu vitorioso do embate e assumiu o governo de Alagoas em 1991.

Homem de hábitos peculiares, imprimiu como governador uma marca na gestão com grandes obras e ideias que estavam à frente do seu tempo.

Foi GB quem tirou do papel o Canal do Sertão e iniciou a obra, um verdadeiro sonho que ele gostava de lembrar, sonhado desdes os tempos do império.

GB também duplicou a adutora do agreste, fez a adutora Pão de Açúcar-Olho d’Água das Flores, construiu a rodovia AL 101- Sul entre Piaçabuçu e Barra de São Miguel e reconstruiu a AL 101 Norte, deixando-a mais larga como base para uma futura duplicação.

GB conseguiu incluir Maceió na visita do Papa João Paulo II ao Brasil e para recebê-lo construiu o 'papodrómo’, reestrurou o Rei Pelé que ganhou cadeiras e lá pediu para construiu um museu.

GB ainda iniciou o projeto da primeira duplicação de rodovia de Alagoas, entre Maceió e Messias, projeto que, como tantas obras e ideias do seu governo foram interrompidas após o impeachment do presidente Collor em 1992.

Poderia passar mais algumas horas e ocupar dezenas e dezenas de linhas para falar do que GB fez ou tentou fazer no governo de Alagoas.

Tive o privilégio de conviver com GB de perto neste período. De servir a ele e a Alagoas como secretário de Estado.

Mas pelo que aqui está posto dá para entender que GB tinha uma “pegada” diferente.

Foi isso que o levou a modernizar a PM, com a criação da cavalaria, do batalhão feminino… Que o levou a criar a Fundação Estadual da Pesquisa (Fapeal), a criar a Algás viabilizando o uso do Gás Natural no Estado ou a comprar o primeiro helicóptero do governo, além de estimular novos nomes na política alagoana, a exemplo do ex-prefeito Pedro Vieira ou do ex-deputado federal João Caldas.

Antes disso, GB se reinventava a cada eleição. Foi deputado federal 5 vezes. Tinha os votos necessários para vencer. Sempre. E tinha um ‘faro’ imenso na política. Sua inteligência era de fato acima da média. Quase cego, conseguia enxergar longe – literalmente.

Gosto de lembrar algumas histórias que ouvia ele contar.

A “rádio candeeiro”, que montou ainda na juventude e fez parte de um movimento de luta pela eletrificação de sua cidade Santana do Ipanema, com a energia da Chesf. O voto camarão (alguém aí lembra? Era o tempo do bipartidarismo e do voto obrigatório na Arena ou no MDB. GB, na Arena, mas rompido com os candidatos ao governo e Senado, pedia para o eleitor ‘cortar a cabeça’).

GB viveu os últimos anos recluso, mas nunca perdeu contato com o mundo “exterior”. Ele continuava sabendo de tudo, seja pelas ondas do rádio ou pelas conversas com os amigos.

Quem conviveu com GB, que pode conhecê-lo mais de perto, certamente vai lamentar sua perda, assim como eu lamento.

Pessoalmente, gosto de lembrar do GB contador de boas histórias, bom papo, grandes teses.

Obrigado GB, Gente Boa de Alagoas.


			
				Alagoas perde Geraldo Bulhões, o GB, Gente Boa de Alagoas
Geraldo Bulhões, quando governador de Alagoas, num dia descontraído com amigos.

Um breve histórico

Geraldo Bulhões Barros nasceu em 9 de fevereiro de 1938 em Santana do Ipanema. Advogado formado pela UFAL, foi promotor de justiça e procurador antes de se tornar político, tendo sido 5 vezes deputado federal e uma vez governador.

Confira um breve histórico da vida de Geraldo Bulhões, pelo Wikipedia.

Filho de Benício Mendes Barros e Aquilina Bulhões Barros. Formado em Direito em 1963 e pós-graduado em Direito em 1965 pela Universidade Federal de Alagoas foi promotor de justiça adjunto em Pão de Açúcar e procurador em Maceió.

Durante os governos de Luiz Cavalcante, João Tubino e Lamenha Filho foi incorporador, diretor financeiro e assessor jurídico da Companhia de Habitação Popular de Alagoas e nela foi mantido como diretor financeiro acumulando também os postos de assessor técnico-jurídico e secretário do Conselho de Desenvolvimento de Alagoas.

Ao deixar o governo ingressou na ARENA e foi eleito deputado federal em 1970, 1974 e 1978 migrando para o PDS com o fim do bipartidarismo no governo João Figueiredo foi reeleito em 1982 e nesse período embora tenha votado a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984, escolheu Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985.

Sua carreira política sofreu uma guinada a partir de seu ingresso no PMDB após o fim do Regime Militar quando se aproximou de Fernando Collor e Renan Calheiros: o primeiro foi eleito governador de Alagoas enquanto Calheiros e Bulhões foram reconduzidos à Câmara dos Deputados em 1986 e participaram da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988.

Reunido sob a legenda do PRN, o referido triunvirato experimentou a vitória nas eleições presidenciais de 1989, quando Fernando Collor derrotou Luiz Inácio Lula da Silva em segundo turno e Renan Calheiros foi alçado ao posto de líder do governo na Câmara, enquanto Bulhões era casado com Denilma Vilar, prima da primeira-dama Rosane Collor.

Aparentemente em uníssono, o grupo se esfacelou em razão das eleições para o governo alagoano em 1990 quando Geraldo Bulhões migrou para o PSC e disputou a eleição contra Renan Calheiros. Com o desenrolar de uma campanha renhida e exaltada a realização do segundo turno foi cancelada e ao invés de ocorrer em 25 de novembro de 1990, só teve lugar em 20 de janeiro de 1991, após a ocorrência de fraude.

Vitoriosa, a candidatura de Bulhões seu rival rompeu com o governo federal e posicionou-se a favor do impeachment do presidente da República em 1992. Filiado ao PFL, foi derrotado na eleição para senador em 2002.

Veja aqui a Biografia de GERALDO BULHÕES na Câmara dos Deputados:Biografia deGERALDO BULHÕES 

Recomendo a leitura:

http://edivaldojunior.blogsdagazetaweb.com/2017/11/20/um-tributo-a-gb-o-gente-boa-recebe-homenagem-de-alagoas/

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