Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
HOME > blogs > DIVERSIDADE
Imagem ilustrativa da imagem Mulheres transexuais já se candidatam ao experimento de transplante de útero

BLOG DO
Diversidade

Mulheres transexuais já se candidatam ao experimento de transplante de útero

“Eu espero que isso se torne uma realidade e eu absolutamente estou disposta a passar pela experiência”, declarou Chatisty Bowick.


			
				Mulheres transexuais já se candidatam ao experimento de transplante de útero
Os avanços da técnica inovadora de transplante de útero da clínica Clevelande, nos EUA, continuam sendo aperfeiçoados. E, de acordo com o site internacional Stat, indica cada vez mais que mulheres transexuais também poderão engravidar no futuro. Há até mesmo candidatas ao experimento.

Chatisty Bowick (foto), de 30 anos, é uma delas. “Eu espero que isso se torne uma realidade e eu absolutamente estou disposta a passar pela experiência”, declarou ela, que revelou ser mulher transexual aos 19 anos e que tem o sonho de ser mãe desde criança.

“Antes mesmo de ser madura o suficiente para entender esse conceito, eu queria ser mãe. Eu não sabia como isso iria acontecer, mas era o que eu mais queria. A gravidez é uma experiência muito bonita ”, disse.

A técnica consiste em transplantar o útero de uma doadora e deixa-lo sem as ligações com os ovários. Os cirurgiões da Cleveland já fizeram um procedimento de transplante de útero em uma mulher cis e esperam realizar outras seis cirurgias como parte do ensaio clínico.

Sobre as cirurgias realizadas em mulheres transexuais, a médicaKarine Chungda University of Southem California Keck School of Medicine, declarou que será possível futuramente. O prazo é entre 10 anos ou menos. Ela adiantou que o corpo precisará passar por preparações.

A CIRURGIA

Primeiro, a mulher transexual precisaria passar pela redesignação sexual e também criar um espaço para o útero. Isso exigiria, por exemplo, alargar a entrada pélvica, que é substancialmente mais estreita em corpos considerados masculinos. O paciente precisaria esperar cerca de um ano para se submeter então ao transplante de útero, que chega a levar 9h.

Será necessário anexar uma ramificação de grande artéria ao útero para que supra a ausência de veias e artérias uterinas para nutrir o ventre. A hormonização também sofrerá algumas alterações orientadas pelo médico – bem como mulheres cis na menopausa - para que haja suporte para as mudanças da gestação.

O útero implantado não teria ligações com as trompas do Falópio e, por esse motivo, a fertilização seria in vitro, com posterior implante do embrião em quem recebeu o órgão. Os médicos dizem que a mulher transexual pode atuar mais que uma “barriga de aluguel”, mas também participar geneticamente da gestação. Para isso, ela precisaria armazenar o seu esperma antes da transição.

Depois, terá que tomar muitos medicamentos para que o organismo não rejeite o órgão. A clínica ressalta que o útero poderá ser utilizado em uma gravidez ou duas no máximo, tendo que ser retirado logo após o parto. Apesar de nada disso ter sido testado com sucesso anteriormente, a expectativa é positiva. “As anatomias feminina e masculina não são tão diferentes”, diz Chung. “Em breve vamos descobrir como fazer tudo isso”.

TER UM FILHO

A psicólogaDeborah Simmonsdiz que a questão da gestação por uma mulher trans não a surpreende. “Se você é uma mulher trans, esta é uma das possibilidades de completar um sonho. Olhando como mulher, sentindo-se como mulher e também ser capaz de ter um filho como uma mulher. A oportunidade para isso está soprando a mente das pessoas, é um bom caminho”.

Apesar de se candidatar. Chatisty declara que ter um filho não vai contribuir para ser uma mulher mais completa. “Há mulheres biológicas que não podem ter filhos e elas não são menos mulheres por causa disso”, pondera.

Angelica Ross, presidente-executiva da TransTech Sociais, declarou que a iniciativa pode não funcionar para mulheres trans. “Muitas mulheres transexuais enfrentam discriminação no passado e, por isso, não têm os recursos financeiros para pagar pelas várias cirurgias. A maioria das pessoas trans mal são capazes de cuidarem de si mesmas, muito menos de uma criança”.

Ela afirma, contudo, que a ideia de poder engravidar após a redesignação sexual é excitante. “Adoro viver em um lugar onde alguém como eu pode ter a chance de ter filhos”.

Tags

X