Brasília – “Dia 16 vou não. Eu sou palhaço, mas não sou burro.”
Esta é a mensagem que está no Facebook e atribuída ao artista Tiririca, que é deputado federal em segundo mandato e muito bem votado.
O protesto marcado para o dia 16, se não contar com a presença do povão, é mais um protesto inútil que se restringe aos bairros chiques das capitais, especial e exclusivamente na orla marítima, que é para dar a impressão de que tem muita gente e, especialmente, tem o povão.
Os protestos de março e abril passados, convocados para datas de triste memória nacional, porquanto reverenciam à ditadura militar instala no dia 1º de abril de 1964, em nada diferem deste convocado para domingo – que pede cachimbo e o cachimbo é de barro.
Nesta quarta-feira, na Capital Federal, o protesto foi das Margaridas. Foram 35 mil Margaridas, segundo os cálculos da polícia, e 70 mil, segundo os caçulos dos promotores do protesto, que caminharam em apoio ao governo da presidente Dilma.
Estabelecido o confronto, a prova dos noves é domingo, 22. Se o protesto dos que pregam o golpe e sentem saudade dos governos militares se restringir aos bairros nobres das elites, então, não é protesto – é delírio.
Nesta quarta-feira apareceu a Margarida; no dia 16, o desafio é saber se o povo vai aparecer.