O CSA está passando por uma reformulação grandiosa dentro do Departamento de Futebol. Tudo isso após uma temporada desgastante em 2023, na qual deixou o torcedor azulino magoado. Entretanto, a nova era passa por dois nomes: Alarcon Pacheco e Marlon Araújo.
Marlon é um velho companheiro de jornalismo em Alagoas e também é coronel da Polícia Militar (PM/AL). Aos 47 anos, o novo diretor do Azulão está entrando em uma nova fase na carreira e abriu as portas para conversar com a Gazetaweb.com.
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Ainda não há pistas de nomes que podem vestir a camisa azulina no ano que vem. Nem técnico, tampouco jogadores. Todo o trabalho está sendo guardado a sete chaves pelo novo dirigente, que entre a sua primeira passagem, em 2006, e este retorno, se especializou, passando por diversos cursos de gestão.
Gazetaweb: Como foi para você receber a proposta e a decisão de sair do rádio para assumir esse 'pepino' no Azulão?
Marlon: Não encarei como um pepino, mas como um desafio, daqueles que lhe estimulam a pensar. Amo a comunicação, rádio, tv, internet... e sempre fui apaixonado por futebol e por todos os aspectos que envolvem este esporte, vinha me preparando, estudando ao longo dos anos e cada vez com mais certeza que migrar de área seria um caminho natural.

É a realização de um sonho?
Marlon: É a construção de um sonho, que começou lá atrás, quando fui dirigente, técnico pela primeira vez. Ali despertou em mim a vontade de me aperfeiçoar, cada dia mais, para poder fazer mais e melhor.
Quais as suas metas durante esta passagem no CSA?
Marlon: Implantar no CSA a mentalidade de que gestão de futebol se faz com metas a médio e longo prazos. Fazer o clube voltar ao caminho das vitórias e conquistas. Essa é a principal meta.
O CSA anda mergulhado em problemas extracampo, como fazer para melhorar essa situação?
Marlon: Gerenciamento, organização de prioridades, ajuste e cumprimento de metas.

Parte da torcida azulina anda chateada com o time, com a diretoria. Como fazer para mudar o pensamento da torcida, fazer com que ela volte a acreditar no time, na diretoria?
Marlon: A torcida do CSA é apaixonada pelo time e é natural que, diante dos últimos resultados do clube, ela esteja desapontada. Acredito que, neste momento, pelo feedback que venho recebendo, ela já deu um voto de confiança a esta gestão e, à medida que os resultados forem se confirmando, o amor pelo clube falará mais alto.
Você conversou muito com o presidente Rafael Tenório, antes de decidir voltar ao CSA. Ele disse que você terá autonomia. Será que ele não vai mesmo querer dar pitaco, interferir no futebol?
Marlon: Quero ressaltar que a gestão no CSA sempre foi colaborativa. Hoje, eu, Alarcon e Rafael estamos em constante diálogo, discutindo todos os aspectos que envolvem o departamento. Alguns podem chamar isso de 'dar pitaco', mas eu prefiro enxergar como uma diversidade de opiniões, que é enriquecedora e que nos leva a tomar decisões unificadas e sólidas em benefício do clube. Escolhemos um executivo alagoano, que já venceu o preconceito do mercado de executivos e já vem há um bom tempo atuando em outros centros de futebol pelo País e com histórico de acessos.