Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

Adolescente em tratamento com canabidiol recebe medicação "turbinada"

Médica diz que, apesar de ter solicitado produto zero THC, medicamento foi entregue com alto teor da substância, que pode causar surtos psicóticos

Um adolescente que faz tratamento com canabidiol em Sorocaba (SP) recebeu medicamentos com alta dose de THC. A informação é da médica do paciente, Paula Preto, que vetou o uso do medicamento assim que ele foi apresentado pela mãe do usuário. A Prefeitura de Sorocaba é a responsável pela distribuição do medicamento para o tratamento do paciente na cidade.

O THC, ou tetrahidrocanabinol, é o principal componente ativo da maconha. O medicamento recebido em Sorocaba, com alto teor de THC, foi fabricado em 10 de setembro e entregue para a família seis dias depois, com intermediação da Prefeitura de Sorocaba.

"Olha o que aconteceu: eu prescrevi um produto zero THC, canabidiol só, sem nada, canabidiol, 200mg por ml. Aí, eles trocaram por extrato de canabis, que tinha numa concentração de duas partes de canabidiol para uma parte de THC, sendo que nesse produto eles tinham 200 mg por ml de canabidiol. Aí, eles pensaram: é 200 por 200, só que eles não viram que eles estavam dando extrato, e nesse extrato vinha junto o THC e numa concentração alta", explica Paula.

"Foi um equívoco gravíssimo, até mesmo de ter sido substituído sem um médico ter avaliado o paciente, seus diagnósticos, saber o porquê do uso. Na medicina, temos por princípio não errar devido à imperícia, imprudência e negligência. No caso do paciente, este equívoco iria gerar consequências que poderiam ser irreparáveis. Muito triste, o que aconteceu", lamenta a médica.

Artigos Relacionados

A médica lembra ainda que a aquisição de produtos à base de canabinoides não pode ser repassada de um paciente para outro. "Isto é norma da Anvisa. Ainda bem que a mãe me pediu ajuda e enviou a foto do produto", comenta.

Ainda conforme Paula, o THC em dose alta pode levar a surto psicótico ou a tétrade canabinoide ou hipolocomoção, hipotermia, analgesia e catalepsia.

"Em adultos ou crianças, o uso do THC, por períodos prolongados, já tem estudos que comprovam, por imagem, atrofia a nível de hipocampo - responsável pela memória -, e do cerebelo, responsável pelo equilíbrio, linguagem e aprendizado."

A mãe do adolescente, que pediu para ter o nome preservado, comenta sobre ter conversado com a médica antes de dar o medicamento. "Ainda bem que perguntei. Graças a Deus, não aconteceu nada", diz.

De acordo com o G1 Sorocaba, a Prefeitura de Sorocaba não comentou sobre a mudança no tipo de medicamento. Em agosto, ao falar sobre o assunto, alegou problemas na compra do produto e garantiu que estava providenciando o produto de fornecedor nacional, "com o mesmo princípio ativo e igualmente prescrito pelo médico".

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X