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Crimes no Discord: suspeito foi encontrado e preso de cueca

Vitor Rocha, 21 anos, foi detido de cueca em Bauru. Ele ficou em silêncio sobre as acusações e chorou ao ser perguntado sobre a prisão. Outros 3 rapazes estão detidos por suspeita de ameaçar divulgar imagens nuas de menores e estuprá-las

O universitário preso no início deste mês pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de associação criminosa e de armazenar e divulgar pornografia infantil na internet cursava direito e recebia até R$ 7 mil por mês trabalhando com o desenvolvimento de games.

Em um dos arquivos apreendidos pela investigação com imagens das vítimas, ele chama meninas de "vagabundas estupráveis".

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Vitor Hugo Souza Rocha, o "Verdadeiro Vitor", como se apresentava no Discord (aplicativo da internet usado principalmente por adolescentes para conversar sobre jogos), tem 21 anos. Ele foi detido em flagrante em 7 de junho em Bauru, no interior paulista.

Além dele, outros três jovens foram presos temporariamente na semana passada por decisão judicial após o "Fantástico" revelar o caso em maio. Eles também respondem pelos mesmos crimes de Vitor, mais estupro de vulnerável e ameaça.

Os quatro são acusados de obrigar garotas a enviar nudes (fotos e vídeos íntimas) para eles. Segundo a investigação, todos os agressores se conheciam, integravam esse grupo virtual e planejavam os crimes na plataforma. Entre as obrigações impostas por eles para as garotas estavam: enviar mais fotografias e vídeos sem roupas, se mutilarem, marcando a pele com as iniciais dos apelidos deles.

E ainda eram obrigadas a ter relações sexuais forçadas com eles. Alguns abusos sexuais e agressões eram filmados e compartilhados pelos criminosos no Discord. Uma adolescente de 13 anos e outra de 16 são algumas das vítimas. Elas são, respectivamente, de Santa Catarina e São Paulo.

A polícia também investiga a possibilidade de que o grupo tenha estuprado e ameaçado mais cinco garotas: 3 em São Paulo, uma no Espírito Santo e outra no Amapá.

Também são investigados por apologia ao nazismo, racismo e tráfico de drogas. É apurado ainda se algum dos presos teve participação no assassinato de um morador de rua.

Preso de cueca e choro

Os policiais da capital viajaram até o município para cumprir o mandado de prisão temporária de Vitor autorizado pela Justiça. Ele foi encontrado de cueca no quarto da casa onde mora com a família. Acabou algemado e levado para a delegacia em São Paulo.

Lá, Vitor se reservou ao direito constitucional de ficar em silêncio e não responder as perguntas dos agentes, quando foi indagado sobre as acusações de possuir material pornográfico com menores de idade, que é proibido. Vídeo gravado pelas autoridades mostra o momento em que o estudante é questionado.

"São sádicos, são misóginos. Eles têm um asco por mulheres", disse Fábio Pinheiro, delegado responsável pela investigação.

Outra filmagem feita pela Justiça registrou o momento em que o estudante contou estar no quarto ano de direito de uma universidade. As poucas perguntas que ele respondeu ao juiz foram para dizer que também trabalhava e recebia entre R$ 5 mil a R$ 7 mil produzindo conteúdo para games. Vitor se negou a comentar as denúncias de que guardava imagens com crianças e adolescentes nuas.

O universitário ainda aparece chorando quando sua defesa perguntou se ele foi algemado quase sem roupa e se havia necessidade disso, já que ele não teria oferecido resistência aos policiais que invadiram sua residência. Durante toda a audiência, as mãos do investigado estavam presas, por segurança.

Justiça decreta prisão preventiva

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Vitor para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Na filmagem feita pela Justiça, seu defensor pede ao magistrado o relaxamento da prisão em flagrante para que seja concedida a ele a liberdade provisória, já que o rapaz nunca havia sido preso antes, tem endereço, estuda e trabalha.

O Ministério Público (MP) pediu a manutenção da prisão. O juiz acabou decretando a prisão preventiva do investigado, sem prazo determinado para sair.

"Não se trata de desafios que estão sendo praticados por adolescentes. Se trata de criminosos: grande maioria é maior de idade", disse a promotora Maria Fernanda Balsabobra.

Os outros detidos pela polícia são:

  • Gabriel Barreto Vilares, o "Law", de 22 anos (preso na sexta passada na capital paulista): investigado por associação criminosa, estupro e ameaça;
  • William Maza dos Santos, o "Joust", de 20 anos (também detido na sexta em São Paulo): investigado por associação criminosa, estupro e ameaça;
  • Carlos Eduardo Custódio do Nascimento, o "DPE", de 19 anos (detido nesta segunda): investigado associação criminosa, por estupro e ameaça.

A reportagem não conseguiu localizar as defesas dos demais presos para tratar do caso.

Além da responsabilização individual dos agressores, o Ministério Público também investiga o próprio Discord. Em entrevista ao Fantástico, um porta-voz disse que a plataforma “não tolera comportamento odioso”.

Em abril, o Fantástico havia revelado como Izaquiel Tomé dos Santos, o "Dexter", de 20 anos, também estuprava e ameaça meninas menores de idade que conheceu no Discord. Ele foi detido em abril. Segundo a investigação, ele não conhecia os outros quatro presos. Sua defesa também não foi localizada.

A Polícia Federal (PF) também investiga se outros rapazes usaram o Discord para cometer estupros e ameaças contra outras dez garotas menores de idade.

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