"Não há razão legal, política ou moral que justifique o abandono de sequer um centímetro do território ucraniano", escreveu no Facebook o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko. Ao mesmo tempo, ele garantiu apreciar "os esforços do presidente brasileiro para encontrar uma forma de deter a agressão russa"
"Qualquer esforço de mediação para restaurar a paz na Ucrânia deve ser baseado no respeito pela soberania e plena integridade territorial da Ucrânia, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas", disse Nikolenko.
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Ontem, Lula havia sugerido que a Ucrânia cedesse a península da Crimeia à Rússia para acabar com a guerra, dizendo que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "não poderia querer tudo".
Mediação
No final de janeiro, o chefe de Estado brasileiro formulou uma proposta, ainda com contornos vagos, para a mediação de um grupo de países no conflito na Ucrânia. Lula deve apresentar esse projeto ao presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim na próxima semana.
O presidente brasileiro disse estar "confiante" nas chances de sucesso desse projeto, esperando que o grupo de países "seja criado" quando ele voltar da China.
A Rússia disse repetidamente nos últimos dias que as negociações são impossíveis no atual contexto e prometeu continuar sua operação militar.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que as negociações de paz na Ucrânia só seriam possíveis se visassem estabelecer uma "nova ordem mundial" sem o domínio americano