Nesta semana, os gêmeos canadenses Adiah Laelynn e Adrial Luka Nadarajah comemoraram seu primeiro ano de vida. Eles são os donos do recorde de irmãos mais prematuros do mundo a terem sobrevivido.
A gestação deles durou apenas 21 semanas e uma hora, exatamente o mínimo necessário para ser considerado um trabalho de parto e não uma perda de bebê.
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Shakina Rajendram, a mãe das crianças, ouviu dos médicos que a chance de eles sobreviverem era exatamente zero. “Disseram que não era possível salvar meus bebês”, conta, em entrevista ao Guiness, o livro dos recordes.
Parto traumático
Se tivessem nascido uma hora antes, ou seja, sem entrar na 22ª semana de gestação, os médicos não teriam a obrigação nem de levar os bebês à incubadora. Por isso, Shakina tentou como pôde atrasar o trabalho de parto. “Eu tentei meu melhor para manter meus filhos dentro de mim”, disse ela.
“Quando entrei no hospital, os médicos praticamente disseram que deixariam meus filhos morrerem”, lembrou ela. Ao redor do mundo, muitos hospitais não têm nem protocolo para tentar salvar bebês que tenham menos de 26 semanas de gestação.
“Disseram que deixariam meus filhos no meu colo, para eu me despedir deles”, lembra Shakina. “Eu não tenho palavras para descrever o trauma emocional, mental e físico que foi o meu trabalho de parto.”
Peso leve
O Guiness registra dois recordes dos irmãos. Além de serem os bebês mais prematuros do mundo, eles foram os gêmeos mais leves ao nascer, pesando juntos 750 gramas.
Chegar ao aniversário não foi fácil para a dupla. Eles sofreram sangramentos cerebrais, a pele cedeu e os dois tiveram múltiplas feridas até chegarem a completar o primeiro ano de vida. “Ouvi várias vezes que meus filhos iriam morrer ao longo dos primeiros meses, mas aqui estão eles”, conclui Shakina.
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