Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

Ex-alunas dizem ter procurado Damásio desde 2016 para denunciar comportamento inadequado de professor e juiz acusado de assédio

Uma aluna falou ao g1 que denunciou Marcos Scalercio ao cursinho em 2018, mas entidade não respondeu o que foi feito. CNJ e MPF apuram ao menos 3 acusações de assédio sexual contra o magistrado

Ex-alunas do Damásio Educacional usaram as redes sociais para dizer que, pelo menos desde 2016, já haviam denunciado o professor e juiz Marcos Scalercio por comportamento inadequado. Entre as queixas estavam investidas do docente para sair com as estudantes e envios de mensagens inapropriadas com conotação sexual para elas. O g1 conversou com algumas das mulheres nesta terça-feira (16).

As ex-alunas passaram a postar as informações depois que a reportagem divulgou na segunda (15) que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério Público Federal (MPF) apuram ao menos três denúncias de assédio sexual contra o docente e magistrado. Outras sete também se queixaram de Scalercio. Todas as dez denúncias foram levadas à ONG Me Too Brasil.

Leia também

Também após a reportagem, o Me Too recebeu até esta terça (16) mais 30 relatos de vítimas que acusam o juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e professor do Damásio de assédio sexual. Desse total, oito deles seguiram para o Projeto Justiceiras, que formalizou as denúncias e irá encaminhá-las para a Ouvidoria das mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público. O órgão levará as queixas para conhecimento do CNJ e do MPF.

O Me Too e o Justiceiras prestam assistência jurídica gratuita à vítimas de violência sexual. Juntando todas as denúncias recebidas contra o magistrado, o número chegava a 39 até esta terça.

O Damásio sempre negou que soubesse de casos de assédio sexual envolvendo o professor e alunas de aulas de direito nos seus cursos preparatórios para concurso público e para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O cursinho não respondeu ao g1 se havia queixas sobre comportamento inadequado dele com estudantes que tenham sido encaminhados pessoalmente a funcionários.

"A instituição ressalta que não recebeu manifestação de estudantes em seus canais oficiais", informou o Damásio por meio de nota divulgada nesta terça por sua assessoria de imprensa. "Os Canais Oficiais são: Ouvidoria e Fale Conosco. Ambos estão disponíveis no portal da Instituição."

Ainda na segunda, a direção do Damásio divulgou nota comunicando o afastamento de Scalercio após a repercussão da reportagem. "Mesmo não tendo identificado manifestação de estudantes sobre este caso até o momento, a direção resolveu afastar o docente de suas atividades, até que o caso seja esclarecido e concluído", informa trecho do comunicado.

Nesta terça, o magistrado pediu férias do Tribunal Regional do Trabalho.

'Santinha ou safadinha'

"O professor Marcos Scalercio estava com conduta inadequada nas redes sociais, no caso, misturando a parte profissional com a pessoal, e isso estava me constrangendo nas aulas, em vê-lo aos sábados", disse nesta terça (16) ao g1 uma então aluna do Damásio sobre a denúncia que ela afirmou ter levado ao conhecimento de um funcionário da secretaria do cursinho em 2018. "Ele pediu desculpas e disse que isso seria averiguado." Mas a resposta nunca veio.

"Depois deixei o curso e fui para outro", disse a ex-aluna, que contou não ter tido consciência à época de que havia sido vítima de assédio sexual. "Hoje sei que fui assediada por ele."

Segundo a mulher, que se atualmente trabalha como modelo, Scalercio passou a procurá-la depois que ela postou uma foto do professor na rede social dela e o marcou, elogiando suas aulas.

"Ele me procurou no Instagram, passou o celular dele, e ali mesmo já começou dizendo coisas como se eu curtia beijos no corpo todo, perguntava se eu era santinha ou safadinha. Dizia que gostava de preliminares", falou a ex-aluna. "Me sentia constrangida e invadida até pelo linguajar."

Nesta segunda, ela demonstrou sua insatisfação com o Damásio ao postar numa das páginas oficiais do curso um texto criticando a atitude da instituição por não ter tomado providências.

"Precisam de provas? Já que vocês disseram ter havido conhecimento por parte de vocês? Tenho tudo aqui. E eu mesma denunciei ele para a coordenação em 2018. Tive que sair do curso por isso", escreveu no perfil do Instagram do Damásio.

2016

Nesta terça, a página do Damásio no Instagram tinha alguns comentários de mulheres que disseram ter estudado no cursinho e que levaram ao conhecimento da instituição denúncias da maneira como Scalercio abordava as alunas, que, segundo elas, se sentiam incomodadas.

"Fiz uma denúncia para o coordenador do curso preparatório da OAB segunda fase em 2016! Reclamando dele! O que aconteceu? NADA. Papo escroto, vc vai tirar dúvida e ele começa a falar sobre sua vida pessoal e intimidades", escreveu uma mulher que disse ter estudado no Damásio à época.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X