O Governo de Alagoas anunciou, nesta terça-feira (31), durante reunião híbrida com prefeitos, um apoio financeiro emergencial a ser destinado às famílias que tiveram danos causados pelas enchentes dos últimos dias. O Auxílio Chuva, como o benefício foi batizado pelo Estado, deve repassar R$ 2 mil por residência que se enquadre no perfil, ou seja, tenha sido afetada pelo temporal.
Na conversa que teve com a imprensa, logo após o encontro virtual, o governador Paulo Dantas (MDB) esclareceu que a bolsa vai ser liberada diretamente às famílias prejudicadas, com pouca burocracia. Um cadastro será feito pelo Município contendo os dados de quem perdeu bens parcialmente ou até o imóvel por completo.
Dantas garantiu que 100% das pessoas afetadas pelas cheias serão contempladas com o Auxílio Chuva Emergencial.
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O auxílio será pago em quatro parcelas de R$ 500, nos meses de junho, julho, agosto e setembro. Paulo Dantas assegurou também que o governo realizará, em parceria com os municípios e por meio da Secretaria de Estado de Transporte e Desenvolvimento (Setrand), a reconstrução de pontes, recuperação de pavimentação asfáltica e em paralelepípedo, e recuperação de estradas vicinais.
O governo também fará a distribuição de cestas básicas para as famílias desabrigadas e desalojadas. Até esta terça-feira, o Estado registrava quase 20 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas, em 33 municípios de diversas regiões.
Por sugestão dos próprios prefeitos, será criado um grupo de trabalho, coordenado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e com a participação do coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Moisés Melo; a secretária de Estado do Gabinete Civil, Luiza Barreiros, e o coordenador da Assessoria Militar, coronel André Madeiro, para garantir a transparência e a seriedade na distribuição dos benefícios anunciados pelo governo para as famílias que necessitam desses auxílios.
Em Alagoas, segundo boletim mais atualizado da Defesa Civil Estadual, divulgado nessa segunda-feira (30), quatro pessoas morreram e mais de 20 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em consequência das inundações. Equipes da Defesa Civil Nacional foram mobilizadas pelo Governo Federal e reforçam as ações para evitar novos desastres.
Os municípios mais castigados, pela ordem de criticidade, são Penedo, São Miguel dos Campos e Rio Largo. Penedo, localizada na Região do Baixo São Francisco, por enquanto, é a mais afetada. Lá, tem quase o dobro de vítimas da segunda colocada: São Miguel dos Campos.