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Inflação no Reino Unido bate em 9%, a maior em 40 anos

Altas contas de gás e eletricidade aprofundam a crise do custo de vida

A inflação no Reino Unido chegou a 9% em abril, seu nível mais alto em mais de 40 anos, depois que o aumento das contas de gás e eletricidade intensificou a crise do custo de vida para as famílias.

A taxa de inflação dos preços ao consumidor é quase o dobro da que o Banco da Inglaterra esperava há apenas seis meses.

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Com a atividade econômica desacelerando acentuadamente durante o primeiro trimestre, a economia do Reino Unido está sofrendo seu pior surto de estagflação –crescimento fraco juntamente com alta inflação– desde o segundo choque do petróleo na década de 1970.

A inflação do IPC subiu de 7% em março para 9% em abril, maior nível entre os países do G7 e uma das mais altas entre as economias avançadas.

Prevê-se que ela ainda aumentará no próximo outono, para mais de 10%.

O forte aumento do custo de vida elevará a pressão sobre o chanceler do Tesouro, Rishi Sunak, para acelerar as medidas prometidas para ajudar as famílias mais pobres e os aposentados a enfrentarem os preços que sobem muito mais depressa do que seus rendimentos.

Em resposta aos números, Sunak divulgou um comunicado culpando os preços da energia pelos choques globais. "Não podemos proteger totalmente as pessoas desses desafios globais, mas estamos oferecendo apoio significativo onde é possível e estamos prontos para adotar outras medidas", disse ele.

O Departamento Nacional de Estatísticas (ONS na sigla em inglês) disse que o aumento de 54% no teto de preços de energia na Grã-Bretanha em abril causou quase três quartos do aumento da taxa de inflação naquele mês, mas os preços também subiram rapidamente em quase todas as categorias de gastos e nos produtos industriais.

Grant Fitzner, economista-chefe do ONS, disse que o aumento dos preços das matérias-primas está reforçando a pressão sobre os fabricantes para repassarem seus custos elevados. "Isso foi impulsionado por aumentos em produtos alimentícios, equipamentos de transporte e metais, máquinas e equipamentos", disse ele.

Com a inflação muito acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra e o preço dos serviços subindo 4,7% em relação ao ano anterior, as amplas evidências de que a inflação está ficando mais persistente provavelmente aumentarão a força dos que desejam que o banco central eleve ainda mais as taxas de juros para esfriar a economia.

Kitty Ussher, economista-chefe do Instituto de Diretores, disse que para os líderes empresariais a economia fraca é "a questão negativa número um", que os torna "mais relutantes em investir, acumulando problemas para a economia no futuro".

​De acordo com uma pesquisa sobre atitudes empresariais da Accenture, apenas 9% dos executivos do setor de consumo acreditam que seus clientes têm menos renda disponível do que um ano atrás, e apenas um quinto pensa que seus clientes estão tendo problemas financeiros.

Usando os números do ONS na quarta-feira (18), o Instituto de Estudos Fiscais mostrou que o aumento de 54% nos preços da energia resultou em uma taxa de inflação muito mais alta para as famílias mais pobres, que gastam uma proporção maior de sua renda em gás e eletricidade, do que as mais ricas.

Heidi Karjalainen, economista do instituto, estimou que a inflação para os 10% mais pobres das famílias britânicas ficou em 10,9% em abril, em comparação com 7,9% entre os 10% de famílias mais ricas. Com os benefícios estatais subindo apenas 3,1% em abril, isso significou "grandes cortes em termos reais nos padrões de vida", disse Karjalainen.

O Banco da Inglaterra procurou nesta semana evitar a culpa pelo descontrole da inflação. Andrew Bailey, governador do BoE, culpou os choques globais pelo aumento dos preços e disse que "não há muito que possamos fazer a respeito".

Yael Selfin, economista-chefe da KPMG no Reino Unido, disse: "O Comitê de Política Monetária [do banco] fará questão de mostrar que pode manter as expectativas de inflação ancoradas mais à frente. O principal risco para os formuladores de políticas é se o alto ritmo de inflação atual for incorporado nas negociações salariais, o que colocará pressão adicional para os preços subirem".

A inflação de preços no varejo, usando uma medida desacreditada que ainda sustenta o custo da dívida pública indexada, subiu para 11,1% em abril, também um pico de 40 anos.

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