No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado em 28 de janeiro, uma estatística assustadora chama a atenção em Alagoas. Entre os anos de 1995 e 2020, a média anual de pessoas resgatadas no Estado em condição análoga à de escravo foi de 32,3.
Os dados constam do levantamento feito pelo Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas e divulgado pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL).
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No total, neste período, foram resgatadas no Estado 840 pessoas. A maioria desses resgates aconteceu no município de Rio Largo, um total de 401. Os demais ocorreram em Penedo (214), Feira Grande (90), União dos Palmares (52), Roteiro (51) e Colônia Leopoldina (32).
Ainda de acordo com o levantamento divulgado pelo MPT, a maioria dos resgatados em Alagoas era natural de União dos Palmares (83), mas também há registros de pessoas naturais de Água Branca (70), São José da Laje (70), Murici (68), Arapiraca (58), Igreja Nova (56), Maceió (55), Penedo (52), Pão de Açúcar (42), Barro de Santo Antônio (37), Palmeira dos Índios (37) e Branquinha (32).
Os flagrantes de pessoas em condições de trabalho análogo à de escravo também ocorreram em outros Estados do país, sendo muitas das vítimas naturais ou residentes em Alagoas.
Segundo dados divulgados pelo MPT/AL, entre 2003 e 2020 foram 1.406 pessoas naturais do Estado resgatadas e outras 1.273 que declararam residência em Alagoas, mas foram encontradas em outras unidades da federação neste mesmo período.
No Brasil
Em todo o país, entre 1995 e 2020, foram 55.712 trabalhadores em condições análogas à de escravo encontrados e 53.378 resgatados. Uma média de resgatados de 2.053 por ano.