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Servidores e mães de pacientes denunciam falta de materiais básicos na Maternidade Santa Mônica

Segundo relatos, não há seringas, máscaras e luvas no estoque, obrigando os funcionários a reaproveitarem os insumos, o que gera risco elevado de infecção aos doentes

Mães de bebês internados na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] da Maternidade Escola Santa Mônica, em Maceió, denunciam a falta de itens básicos para o tratamento dos pacientes e de proteção aos servidores.

Segundo elas, não tem seringas, máscaras e luvas no estoque, obrigando os funcionários a reaproveitarem os insumos, o que gera risco elevado de infecção aos doentes. As denúncias foram reafirmadas pelos trabalhadores.

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Os relatos dão conta de que o problema é recorrente sem que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) tomem providência para contorná-lo. A situação é tão constrangedora que muitas mães, desesperadas pela má assistência, estão comprando os materiais por conta própria.

Angélica Silva tem um bebê de 3 três meses internado em estado grave na Santa Mônica. Em entrevista à TV Pajuçara, ela narrou que o filho foi submetido a uma cirurgia e está próximo de ser operado novamente, mas ela vive um drama por observar o descaso no tratamento dos pacientes naquela unidade.

“Está faltando tudo, a verdade é essa. Será que o meu filho vai ter que usar a mesma seringa para medicação e alimentação a ponto de pegar uma infecção hospitalar? Nós pagamos os nossos impostos e eu não admito que o meu bebê seja tocado com a mesma luva pela equipe”, desabafou.

Outros familiares acrescentam que a falta de insumos já tem gerado consequências aos doentes. Alguns tiveram o quadro agravado após o reaproveitamento de seringas. Eles dizem que não há fraldas suficientes para a troca dos bebês nem roupas adequadas para as acompanhantes nas enfermarias e na UTI.

Uma das funcionárias, que não quis se identificar, relata que o caos acontece há semanas. Ela confirma que faltam seringas de 5, 10 e 30 ml para a administração de medicamentos e oferta do leite aos pacientes. Também admite que está reaproveitando materiais como uma maneira de não negligenciar a assistência.

“Estamos sobrecarregados, adoecendo psicologicamente e tendo que conviver com o constrangimento de faltar itens básicos para trabalhar. Muitas mãos nos procuram chorando e, hoje, foi o ápice: fomos informados, na troca dos plantões, que acabaram as máscaras cirúrgicas. Teremos que ficar 12 horas com a mesma máscara ou descartar a N-95, o que seria um absurdo, porque o governo deveria resolver a situação”, narrou.

Ela revelou que a maternidade só dispõe de agulhas de insulina, que são finas e não servem para outros procedimentos de enfermagem. Atualmente, a Santa Mônica tem cerca de 20 bebês internados na UTI. “Não temos as roupas para entrarmos na UTI, e isso atrasa os procedimentos. Queremos que o governador e o secretário de Saúde [Alexandre Ayres] tomem providências urgentes. Não queremos que se resolva uma semana e, depois, volte tudo novamente”, completou.

Em nota, a Uncisal informou que a situação de falta de insumos na Santa Mônica se deu em virtude de desistência de fornecedores de processos firmados com a antecedência devida. E reforçou que "a gestão da unidade já estava atuando sobre essa demanda e, na manhã desta sexta-feira (15), foi possível garantir o abastecimento desses materiais a partir de esforço conjunto da Sesau, Uncisal e Santa Mônica".

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