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Diabetes gestacional, como a terapia nutricional pode contribuir!

Diagnóstico é realizado por busca ativa, com testes provocativos que empregam sobrecarga de glicose

O Diabetes Mellitus Gestacional é uma condição definida como a intolerância aos carboidratos iniciada durante a gestação. Atualmente, estima-se que ela ocorra em cerca de 14% das gestações no mundo (PLOWS, JF, et al. 2018).

Especialmente no segundo trimestre o organismo apresenta um aumento da resistência insulínica e uma hiperglicemia pós refeições, que são fisiológicos, em função do aumento de hormônios que agem de forma contrária à insulina, como a prolactina, o hormônio lactogênio placentário, o cortisol e o glucagon. No caso das pacientes com diabetes gestacional, as células pancreáticas apresentam dificuldade em compensar esse excesso de glicose, caracterizando a doença.

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Os principais fatores de risco incluem sobrepeso ou obesidade, história familiar de diabetes gestacional ou resistência insulínica, diabetes gestacional em gestação anterior e idade materna avançada.

O risco de desfechos adversos maternos, fetais e neonatais aumenta de forma contínua com a elevação da glicemia materna. As complicações mais frequentemente associadas ao diabetes gestacional são – para a mãe: a cesariana e a pré-eclâmpsia; – para o concepto: a prematuridade, a macrossomia, a distocia de ombro, a hipoglicemia e a morte perinatal.

O diagnóstico é realizado por busca ativa, com testes provocativos que empregam sobrecarga de glicose, a partir do segundo trimestre da gestação. Idealmente, espera-se que a glicemia capilar esteja conforme os seguintes valores: Jejum < 95 mg/dL; 1 h <140 mg/dL; 2 h < 120 mg/dL. Um ou mais marcadores alterados já caracterizam a doença.

Além da prática de atividade física orientada e liberada pelo obstetra, a terapia nutricional é a primeira opção de tratamento para a maioria das gestantes com diabetes gestacional. Essa terapia evita o ganho excessivo de peso pelas gestantes, além de gerar menor taxa de macrossomia fetal e de complicações perinatais.

A ingestão de carboidratos deve ser restrita a menos de 42% das calorias diárias, com o restante distribuído entre proteínas e gorduras, na medida em que a evidência demonstra que as gestantes que realizam essa restrição apresentam melhor controle glicêmico pós-prandial, menor necessidade de adição de insulina, menor incidência de macrossomia fetal e de cesariana.

Além disso, os carboidratos da dieta devem ser de baixo índice glicêmico e complexos, especialmente verduras, legumes e frutas. Aumentar o aporte de fibras e evitar os carboidratos refinados (pães, bolos, biscoitos com farinhas brancas, açúcar...) são estratégias fundamentais para o controle da doença. Importante ressaltar que produtos alimentícios, ricos em corantes, conservantes, inclusive adoçantes, são desaconselhados.

Referências:

Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 3, n. 4, p. 11088-11105 jul./aug. 2020. ISSN 2595-6825

Arq Bras Endocrinol Metab. 2011;55/7

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