Portadores de diabetes estariam fazendo uso de insulina com prazo de validade próximo de vencer – ou já vencido – em Alagoas. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PTC), em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira (25), na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).
Ele informou que tem recebido uma série de relatos, em vídeos e em comentários postados nas redes sociais, dando conta desta situação e do drama vivido por milhares de pacientes que dependem de insumos fornecidos pelo Estado para manter o tratamento de controle da doença.
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No perfil ‘Mães Pâncreas AL’, do Instagram, dedicado às mães de crianças diagnosticadas com algum tipo de diabetes, várias publicações indicam que os portadores têm que se virar para conseguir as fitas usadas nos aparelhos que aferem a taxa de glicemia. O material é disponibilizado pelo Estado e pode ser pego nos postos de saúde, mas os pacientes dizem que estão em falta.
Além disso, relatam dificuldades enormes na busca do tratamento eficaz para controle da doença, inclusive precisando recorrer ao Poder Judiciário. O descaso é tão grande, conforme denunciam, que o Governo chega a contestar as decisões judiciais favoráveis, colocando em risco a saúde e o bem-estar de quem precisa de insumos para sobreviver. Até as bombas de insulina, essenciais para manter o funcionamento do pâncreas, estão sendo negadas.
Ainda há postagens em que são mostradas as datas de validade dos tubos de insulina fornecidos pelo Estado. Em uma delas, é possível constatar que a fabricação daquele lote se deu em 2018, mas só foi entregue ao paciente em maio deste ano, justamente no prazo limite de validade.
Por conta destas histórias, o deputado Cabo Bebeto disse, em plenário, que enviou um ofício à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) cobrando esclarecimentos. “Tivemos acesso a muitos relatos, com vídeos de pais desabafando e cobrando do secretário e do governador providências para se resolver esta questão de vida ou morte. O cidadão usa as redes sociais como ferramenta para se alcançar os objetivos e para lutar pela sobrevivência de doentes crônicos aqui no Estado”, destacou o parlamentar.
Ele também cobrou dos órgãos de controle uma atuação mais efetiva no combate a este descaso com a saúde pública.
A Gazeta aguarda posicionamento da Sesau.
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