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Corpos de vítimas do massacre em escola de Suzano são enterrados

Dia foi marcado por chuvas e, logo em seguida, um arco-íris apareceu sobre o cemitério

Nesta quinta-feira, os corpos das vítimas do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, começaram a ser enterrado, o Cemitério Municipal São Sebastião, na região central da cidade. O dia foi marcado por chuvas e, logo em seguida, um arco-íris apareceu sobre o local.

O primeiro a ser sepultado foi o corpo do aluno Samuel Melquíades de Oliveira Silva, de 16 anos. O caixão com o corpo do jovem foi levado sob aplausos. Samuel era desbravador da Igreja Adventista do Sétimo Dia e gostava de desenhar, segundo os amigos. Os amigos desbravadores acompanharam o enterro uniformizados.

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"Foi para a glória de Deus que Samuel morreu. Eu queria nesse momento encontrar as palavras certas para confortar o coração de vocês. É contra as regras da natureza um pai enterrar um filho. Deus está ao lado dos pais nesse momento. Nós o veremos na glória, Samuel", disse pastor que conduziu a cerimônia.

Em seguida foram enterrados os corpos dos alunos Kaio Lucas da Costa Limeira e Caio Oliveira. Eles também foram aplaudidos por amigos e familiares que acompanhavam o sepultamento.


			
				Corpos de vítimas do massacre em escola de Suzano são enterrados
FOTO: Bárbara Muniz Vieira/G1

O quarto corpo enterrado foi o da inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier, de 38 anos, que trabalhava desde 2016 na escola. Familiares pediram para que o caixão fosse aberto para olhar o rosto dela pela última vez antes de o corpo ser enterrado - também sob aplausos.

Família de Eliana Regina Oliveira Xavier pediu para olhar o rosto dela pela última vez.

O quinto e último corpo, de Cleiton Antônio Ribeiro, 17, chegou ao cemitério no início da noite desta quinta (14). Os pais do menino choraram, abraçados, e saíram amparados do enterro do filho, o único do casal. A primeira filha deles morreu antes de o menino nascer. A mãe levava Cleiton na escola todos os dias.

"Ele era muito querido, nós não tínhamos nenhum problema com ele. Era um menino tímido, um menino super educado, focado, agora, nos estudos. Ele fazia jiu-jitsu e cursinho. A gente conversava muito, ele procurava links para estudar, matérias, coisas que ele achava interessante ele compartilhava com os primos. Sempre muito tímido, muito querido", narrou a prima de Cleiton, Roseli Ota.

Ela contou que ajudou o menino a montar um currículo. "Ele queria fazer Direito, mas já estava mudando de ideia", disse.

Ronaldo Jesus Conceição, 44 anos, professor e primo de Cleiton, disse que a família acredita que ele tenha se despedido da mãe no dia do atentado.

"O pai vendeu um terreno para custear a faculdade dele. Os primos mais velhos como eu estávamos incentivando ele para continuar a estudar e dando dicas para ele ser um menino de sucesso. Todo mundo gostava dele. Não tinha nenhuma inimizade, fazia o bem, era sorridente e carinhoso com os pais. Ele dava um beijo na mãe todo dia antes de sair para a escola. No dia do ocorrido ele deu dois, a gente achou isso surpreendente, ele deu um beijo como o de costume e o outro para se despedir. Ele estava muito feliz porque o pai ia fazer uma festa dele de 18 anos no aniversário em dezembro. Ele estava esperando tudo isso", contou.

"Ele era muito querido, muito tímido", disse a prima de Cleiton, Roseli Ota, no enterro.

Arco-íris marca o céu do cemitério em Suzano durante o enterro das cinco vítimas.


			
				Corpos de vítimas do massacre em escola de Suzano são enterrados
FOTO: Glauco Araújo/G1 SP

Cortejo

Um cortejo acompanhado por familiares e amigos das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil leva cinco corpos para o Cemitério Municipal São Sebastião na tarde desta quinta-feira (14). No total, oito pessoas foram mortas no ataque.

Debaixo de chuva, pessoas acompanham os carros que deixam a Arena Suzano, onde ocorreu o velório que reuniu cerca de 10 mil pessoas. Os veículos da funerária saíram do ginásio a cada meia hora.

Primeiro, foi enterrado, no Cemitério São Sebastião, Samuel Melquíades de Oliveira Silva, de 16 anos. Em seguida, Kaio Lucas da Costa Limeira, de 15. Depois, Caio Oliveira, 15. A quarta pessoa a ser enterrada foi Eliana Regina de Oliveira Xavier, inspetora da escola. O quinto foi Cleiton Antônio Ribeiro, 17. O cortejo de Marilena Ferreira Vieira Umezu, coordenadora na escola, estava previsto para sair em direção à Paróquia São Sebastião.

Todos os corpos passaram primeiro pela capela, apenas com a presença da família. Em seguida, uma multidão acompanhava cada corpo até o local do sepultamento. Uma cerimônia marcou a descida de cada caixão. O primeiro sepultamento, de Samuel Melquíades, contou com a oração de um pastor presente.

Aluno Samuel participava de grupo de desbravadores em igreja de Suzano, diz pastor

Outro enterro

Mais cedo, o corpo de Jorge Antônio de Moraes foi enterrado no Cemitério dos Ipês. Jorge morreu assassinado pelo sobrinho na loja de carros em que era dono. Deixou mulher e três filhos de 27, 22 e 15 anos. Ele era dono de uma loja de vendas de carros usados, onde também funcionava um estacionamento e lava-jato.


			
				Corpos de vítimas do massacre em escola de Suzano são enterrados
FOTO: Philipe Guedes/TV Globo

Velório coletivo

Mais de 20 coroas de flores estão distribuídas pela arena. Uma grade divide a área reservada para as famílias das vítimas, e um corredor foi montado para o público circular pelo local.

Uma missa ecumênica está prevista para acontecer no local às 11h. Os corpos sairão da Arena às 15h, com um intervalo de 30 minutos entre cada um e seguirão em cortejo até o cemitério. Eles serão enterrados no Cemitério São Sebastião, com exceção do corpo de Marilena Umezo, que será sepultado apenas no sábado (16), quando um dos filhos dela retornar do exterior.

O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, e o ministro da Educação, Ricardo Vélez, estiveram na Arena. Vélez passou diante de cada caixão e abraçou as famílias. O governador de São Paulo, João Doria, também é esperado no local.

Um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio.


			
				Corpos de vítimas do massacre em escola de Suzano são enterrados
FOTO: Roberto Casimiro/ Fotoarena/Es

Ataque

Um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio.

Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região.

Os assassinos - Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 - eram ex-alunos do colégio.

A polícia diz que os dois tinham um "pacto" segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.

Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois. As famílias dos criminosos também foram ouvidas.

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