O bom desempenho da agropecuária e do comércio (serviços) fez com que o PIB [Produto Interno Bruto] de Alagoas, em 2018, tivesse um resultado positivo para crescer 1,53%, acima do parâmetro nacional, que foi de 1,10%. O índice representa a soma de todas as riquezas do estado neste período analisado.
A novidade foi apresentada na manhã desta quinta-feira (4), durante entrevista coletiva convocada pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).
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O secretário especial de planejamento e orçamento, Tadeu Miranda informou que, no ano passado, Alagoas foi o único estado que voltou a patamares de antes da crise - isso entre os estados que fazem esse estudo. O cálculo é feito com base no comportamento dos setores de agropecuária, indústria e serviços.
Este percentual de 1,53% é, na verdade, uma estimativa feita a partir de dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. Provavelmente, segundo a Seplag, este índice só será confirmado pelo órgão público de pesquisa daqui a dois anos, quando os dados oficiais serão divulgados à população.
Ao contrário do Brasil, a agropecuária vem ganhando espaço no PIB alagoano. A laranja, a banana e o amendoim tiveram bastante crescimento. Mas, a indústria vem perdendo espaço. Alagoas teve o maior recuo na indústria, de mais de 20%. Já o setor de serviços cresceu 2% no acumulado de 2014 a 2018. Na análise entre 2017 a 2018, o crescimento foi de 1,35%.
Na coletiva foi explicado que, no setor de serviços, a alta foi puxada pelo subsetor de comércio, com 21,1%. Depois vem o setor imobiliário, principalmente dos aluguéis, e o de atividades científicas técnicas e administrativas. O aluguel cresceu 15,6%, entre 2017 e 2018, e as atividades científicas, 7,5%.
"A economia de Alagoas recupera patamar de 2014 tendo como fatores mais relevantes o desempenho da agropecuária e também o desempenho interessante do setor de serviços na parte de aluguéis e atividades profissionais", esclareceu Thiago Ávila, superintendente de produção da informação e do conhecimento da Seplag.
Já o secretário especial de planejamento e orçamento destacou ainda a importância da diversificação das culturas em Alagoas. "Tivemos crescimento da laranja, da macaxeira, do amendoim e com essa diversidade de culturas passamos a não ter uma dependência exclusiva. Isso mostra que a economia é mais sustentável".
Tadeu explicou ainda que todos esses cálculos são feitos de acordo com as metodologias do IBGE. "Temos um time que trabalha com muita responsabilidade e seguindo todas as metodologias do IBGE, que é o instituto oficial que trabalha o PIB. O líder é o próprio secretário da pasta, que é de origem do IBGE, então isso mostra todo o nosso cuidado, a cautela para trabalhar esses números. Foram três meses de trabalho para que a gente apresentasse esses dados".
Ele destacou ainda que a divulgação dessas estatísticas mostra o crescimento da economia de Alagoas. "Isso demonstra o quanto nossa economia vem respondendo melhor que a economia nacional, que Alagoas tem uma potencialidade e oportunidades para que a gente tenha mais turismo, mais serviços. É mostrar que o estado passa a ter uma sustentabilidade econômica cada vez mais forte".






