Acusados e presos por causarem prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos do Estado, os supostos empresários que vendiam produtos eletrônicos sem nota fiscal, principalmente celulares Iphone, usavam influenciadores digitais para fazer fazer propaganda das lojas e, assim, alavancar as vendas das mercadorias ilegais.
Nem mesmo Carlinhos Maia, a segunda pessoa mais vista do mundo nos stories do Instagram escapou. No perfil das lojas, é comum encontrar fotos e vídeo dele usando os produtos, recomendando e atestando a credibilidade da empresa.
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Além de Carlinhos, outras celebridades locais do mundo digital registraram os "recebidos" na rede social e recomendavam a compra dos aparelhos. O influenciador Diogo Moreira chegou a postar vídeo segurando dois aparelhos. "Totalmente de confiança", diz a legenda do registro nas redes.
A blogueira Marina Ferrari também estampou postagens nas redes sociais da loja online."...Lugar de confiança e qualidade para comprar Iphone é no meu parceiro Império do Celular", disse ela. Além dos "recebidos" enviados aos influenciadores, o perfil da loja na rede social também fazia vários sorteios dos produtos.
Blogueiros, sorteados e compradores acreditavam que estavam fazendo transação com lojas de procedência, mesmo os produtos não tendo notal fiscal, e os acusados se aproveitavam do alcance, da relevância e da boa fé dos influenciadores para realizar cada vez mais transações.
Diversos aparelhos celulares e outros eletrônicos foram apreendidos nessa terça-feira (9), durante a Operação Fruto Proibido. Todo o material está sob custódia da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e provavelmente irá a leilão ao término do processo, para restituir o tesouro estadual.
No total, 16 pessoas foram presas durante a ação, suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada na venda de Iphones sem nota fiscal.