Acusado do assassinato e desaparecimento do corpo da estudante Bárbara Regina, Otávio Cardoso foi condenado a 26 anos, seis meses e 30 dias de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado em maio e, em todo processo, ele negou seu envolvimento com o caso.
Mais de três meses após o julgamento, a defesa de Otávio solicitou uma revisão criminal. De acordo com o advogado, Luiz Estevão, que assumiu o caso há uma semana, a defesa à época foi ineficiente.
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"Entramos com revisão criminal. O autor tem que ser punido, entendo que o Estado tinha que mostrar serviço, mas ninguém pode ser julgado sem defesa. Ele não é culpado, ele só transportou a moça e a própria testemunha de acusação apontou isso", explicou o advogado.
Ainda segundo a defesa, o Estado não conseguiu apontar e prender o verdadeiro autor do crime. Para o advogado, a condenação é um atestado de incompetência. "O Estado não deu a resposta que a família precisa e que todos nós queremos".
Se comparado o tempo da Promotoria e da defesa durante o julgamento, segundo o advogado Luiz Estevão, a defesa "jogou a toalha". O tempo foi muito inferior e as perguntas foram direcionadas. Além disso, o advogado explica que o crime de ocultação de cadáver, em que Otávio foi condenado, já tinha prescrevido. "Ainda que ele fosse o culpado, a defesa foi ineficiente".
Com o pedido de revisão, a defesa espera prioridade na análise, já que Otávio está preso.