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Força-tarefa encontra traços de óleo em massunins coletados no litoral alagoano

Coleta foi feita no período crítico em que praias alagoanas foram afetadas pelo óleo

O laudo sobre os impactos do aparecimento de óleo em praias do Litoral Alagoano no pescado local foi divulgado nessa terça-feira (4), pela força-tarefa formada por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e de Sergipe (UFS), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). A análise apontou para a existência de traços de contaminação em espécimes de massunim. Em outros animais avaliados, não foram encontrados traços de contaminação.

A análise dos pescados foi realizada para identificar a situação dos animais que são consumidos rotineiramente pela população. Para isso, em dezembro de 2019, os pesquisadores coletaram exemplares de bivalves e de duas espécies de peixes em seis diferentes pontos do litoral alagoano. A partir destas amostras, a presença de metais pesados e componentes do óleo nos pescados foi investigada.

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De acordo com Emerson Soares, integrante da força-tarefa e coordenador do Laboratório de Aquicultura e Análise de Água (Laqua), foram analisadas duas espécies de peixe: o Sargo (Archosargus probatocephalus) e a Carapeba (Eugerres brasilianus). Este último, utilizado como um bioindicador de impacto por ser um organismo capaz de indicar alterações ambientais precocemente.

O laudo atesta que foram encontrados traços de contaminação em espécimes de massunim coletados em Piaçabuçu, Feliz Deserto e na região limítrofe entre os dois municípios. Já os exemplares de Carapeba e Sargo em Japaratinga, Ipioca e Coruripe não apresentaram resquícios de óleo ou metais pesados. O acometimento dos bivalves, como ostras e massunins, já era esperado pelos pesquisadores, uma vez que esses organismos são filtradores do ambiente.

Para Emerson, os resultados refletem a realidade da contaminação naquele momento, o que não significa que os pescados ainda estejam impróprios para o consumo humano. "Essas são amostras pontuais, que foram coletadas no auge do problema, em regiões muito afetadas, em locais onde era possível ver, a olho nu, que havia grande contaminação na areia, com alta mortandade de bivalves. Não dá para generalizar que, no momento presente, estão todos contaminados, continuaremos com o monitoramento", explicou o pesquisador.

Ainda de acordo com o laudo, houve melhora na qualidade das amostras de água. Para os pesquisadores, o resultado é um reflexo da redução da quantidade de fragmentos sólidos de óleo na costa. Os achados indicam, ainda, que contaminação da água não é decorrente apenas do vazamento de óleo, mas também de outros poluentes, gerados a partir da destinação incorreta de esgoto e de agrotóxicos, por exemplo.

A equipe de pesquisadores continuará realizando avaliações e emitindo laudos técnicos pelos próximos dois anos. A proposta é de monitorar dez praias, sendo cinco no litoral norte e outras cinco, no sul. "O problema foi extremamente grave e, portanto, exige uma avaliação constante para atestar a melhoria nas condições e a eficácia das medidas de biorremediação",  afirmou Emerson.

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