De acordo com um relatório divulgado pelo banco Credit Suisse, pela 1ª vez, existem mais chineses do que norte-americanos entre os 10% mais ricos do mundo. Agora, a China tem 100 milhões de pessoas no seleto grupo, contra 99 milhões dos Estados Unidos.
Para estar entre os 10% mais ricos, é preciso ter uma fortuna de US$ 109,43 mil em ativos líquidos (ou seja, que podem ser convertidos em dinheiro rapidamente). Para estar entre os 1% mais ricos, o valor é de US$ 936,43 mil.
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Na média, porém, norte-americanos ainda são muito mais ricos que os chineses: cada adulto tem US$ 432,36 mil, contra US$ 65,9 mil. Já a riqueza média do brasileiro ficou em US$ 23,5 mil, segundo o estudo do Credit.
EUA têm mais milionários
Além disso, a quantidade americanos que têm mais de US$ 1 milhão ainda é quatro vezes maior do que a de chineses: 18,6 milhões (ou 40% do total de milionários do mundo, em primeiro lugar), contra 4,4 milhões (ou 10%, em segundo lugar).
De 2018 para 2019, o número de milionários no mundo cresceu de 45,64 milhões para 46,79 milhões (mais 1,14 milhão). O Brasil foi o sexto país que mais ganhou milionários: passou de 217 mil para 259 mil (mais 42 mil).
Mundo trilhões mais rico
A riqueza do mundo cresceu 2,6% de 2018 para 2019, chegando a US$ 360,60 trilhões. "Isso representa uma melhoria em relação ao declínio visto de 2014 a 2015, mas ainda está abaixo do crescimento médio registrado desde a crise financeira em 2008", destaca o Credit no estudo.
Comparando o total de ganhos e perdas entre as principais economias, os Estados Unidos foram o país que mais contribuiu para esse aumento, com US$ 3,8 trilhões. Em segundo lugar vem a China, com US$ 1,9 trilhão, seguida por Japão (US$ 930 bilhões), Índia (US$ 625 bilhões) e Brasil (USD 312 bilhões).
As maiores perdas ocorreram na Austrália (menos US$ 257 bilhões), Turquia (US$ 257 bilhões) e Paquistão (US$ 141 bilhões).
Desigualdade
O levantamento mostrou também que há uma desigualdade. A metade mais pobre da população, junta, detinha menos de 1% de toda a riqueza global até meados de 2019, enquanto os 10% mais ricos concentravam 82% da riqueza, e o 1% mais rico, 45%.