O futebol parou. E não são apenas os clubes que saem perdendo com a paralisação do esporte mais popular do mundo. Há pessoas que tiram seus sustentos nos dias de jogos como os ambulantes e, principalmente, os árbitros. Porém, com o Auxílio Emergencial sancionado pelo Governo Federal, os árbitros alagoanos, caso estejam adequados nos requisitos do benefício, poderão receber os R$ 600,00 mais o pagamento da taxa de arbitragem do Campeonato Alagoano.
De acordo com a Lei n° 9.615/98 (Lei Pelé), os árbitros e os auxiliares não têm nenhum vínculo empregatício com as entidades desportivas onde atuam, sendo remunerados como autônomos, exonerando as entidades de quaisquer responsabilidade trabalhista. Os profissionais do apito recebem por partidas apitadas, e se não há futebol, não há renda entrando em casa.
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Ainda em março, quando a quarentena foi imposta em Alagoas, a FAF adiantou o pagamento do mês e algumas parcelas de abril da taxa de arbitragem para que os juízes não ficassem sem receber. Além do pagamento da taxa pela FAF, os árbitros, que se encaixam na área de profissionais da Educação Física e por serem autônomos, podem realizar o cadastro para receber o Auxílio Emergencial que foi disponibilizado pelo Governo na última semana, caso estejam nos requisitos do projeto.
AGazetaweb entrou em contato com a assessoria da Federação Alagoana de Futebol (FAF) para saber em que pé andava o pagamento da taxa para os árbitros. "A FAF tem cumprido com o contrato, mesmo sem a realização dos jogos. A federação perdia muita receita com patrocinador, mas como o planejamento já estava feito, ela conseguiu cumprir o acordo feito com os árbitros", explicou.
A assessoria da FAF afirmou que os pagamentos estão em ordem e que falta cerca de duas ou três parcelas a serem pagas.
A árbitro auxiliar Brígida Cirilo é uma dos profissionais do apito que receberam as parcelas do pagamento da taxa de arbitragem. "O sindicato passou a informação que até agora a FAF manterá o contrato do campeonato inteiro. No caso, iria pagar todo o Alagoano até as rodadas que podem não acontecer, o sindicato dividiria o dinheiro entre os árbitros, mas sem data concreta", disse Brígida.