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1,1 milhão de brasileiros deixam a força de trabalho no 1º trimestre

'Força de trabalho' se refere à busca dos dos desempregados por ocupação

No primeiro trimestre de 2020, 1,1 milhão de brasileiros deixaram a força de trabalho. Esse é o segundo maior número registrado nas estatísticas da pesquisa trimestral de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Pnad Contínua, atrás apenas da redução de 1,2 milhão registrada no segundo trimestre 2012 em relação aos três meses anteriores.

São consideradas fora da força de trabalho as pessoas que não possuíam emprego e não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa -ou procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência do levantamento.

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Nos três primeiros meses do ano, 67,3 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade estavam nessa condição, número recorde. Já a força de trabalho era composta por 105,1 milhões de pessoas.

Como o desemprego é medido pelo número de pessoas desocupadas em relação ao tamanho de força de trabalho, a redução deste último grupo contribui para amenizar o aumento na taxa de desempregados no país, que estava em 12,2% no primeiro trimestre deste ano.

Na avaliação de especialistas em mercado de trabalho, esse é um fenômeno que deve se acentuar com a pandemia de coronavírus.

Como as pessoas estão em distanciamento social, a tendência é que muitos desempregados não procurem emprego. Além da procura, o IBGE pergunta se o entrevistado estava pronto para iniciar um novo trabalho. O distanciamento social faz com que muitas pessoas não estejam disponíveis.

Para a pesquisadora Maria Andreia Lameiras, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a redução na força de trabalho deve se acentuar nos próximos meses, ao mesmo tempo em que mais trabalhadores perderão o emprego ou, no caso dos informais e daqueles que trabalham por conta própria, não terão como seguir trabalhando.

O encolhimento do contingente de pessoas que estão trabalhando ou buscando deve ocorrer por uma combinação de fatores, segundo a pesquisadora, e ainda deve passar por uma aceleração.

"O medo da contaminação vai fazer com que muita gente não procure trabalho, e isso aparecerá com mais força na pesquisa de abril, já que o distanciamento começou mesmo na segunda quinzena de março. Antes disso, o confinamento foi mais voluntário."

Além do medo do novo coronavírus, Maria Lameira diz que o fato de muitas empresas estarem fechadas também inviabiliza a entrega de currículos e a busca por vagas feita de maneira mais tradicional.

O pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 ou R$ 1.200 a informais durante o segundo trimestre, que já alcança 50 milhões de pessoas, também reduz a necessidade de que algumas pessoas procurem temporariamente uma ocupação.

"As pessoas perdem o trabalho, e, como elas têm a opção do auxílio emergencial, muitas acabam não procurando emprego. Isso pode distorcer um pouco a estatística de taxa de desemprego", afirma Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV).

"A gente vai ter de ficar sempre atento à taxa de participação e olhar a variação da população ocupada. Muita gente não vai procurar emprego, e isso pode reduzir artificialmente a taxa de desemprego nos próximos meses", diz.

O Ibre projeta uma queda de 3% na força de trabalho em 2020, o que levaria o número ao menor patamar desde o fim de 2016, com cerca de 102 milhões de pessoas.

A taxa de participação da força de trabalho na população disponível para trabalhar era de 61% em março, menor percentual desde o primeiro trimestre de 2015, durante a última recessão brasileira.

Dentro do grupo de pessoas fora da força de trabalho estão também os desalentados. Aqueles que desistiram de procurar emprego somavam 4,8 milhões, número que permanece praticamente estável nos últimos trimestres.

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