A agência Associated Press informou, nesta segunda-feira (1º), que a autópsia independente pedida pela família de George Floyd mostrou que o ex-segurança morreu por asfixia após ter o pescoço prensado pelo joelho de um policial em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Segundo advogados da família Floyd, o exame apontou que a compressão do policial cortou o fluxo de sangue ao cérebro do ex-segurança. Além disso, o peso sobre as costas da vítima dificultou sua respiração.
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Imagens gravadas da ação policial mostraram Floyd, já algemado, dizendo que não conseguia respirar ? frase que se tornou um dos símbolos das manifestações que se espalharam pelos EUA e pelo mundo.
Segundo a acusação contra o policial Derek Chauvin, acusado pelo homicídio de Floyd, ele manteve seu joelho sobre o pescoço do ex-segurança durante os 8 minutos e 46 segundos, sendo que nos últimos 2 minutos e 53 segundos o homem já estava inconsciente. Chauvin está preso desde sexta-feira.
Ainda de acordo com a acusação contra o policial, Floyd sofria de doença arterial coronariana e doença cardíaca hipertensiva.
Divergências
O resultado diverge da autopsia oficial, que, pelo resultado preliminar, não encontrou vestígios de estrangulamento. Esse primeiro exame investiga se Floyd tinha substâncias tóxicas no corpo que poderiam contribuir para a morte, mas o resultado não ficou pronto.
Em outra divergência, a autópsia pedida pela família indica que Floyd morreu asfixiado no local onde houve a abordagem policial. Já o exame oficial diz que o ex-segurança morreu no hospital.
Homenagens e protestos
Os resultados da autópsia independente foram divulgados por advogados da família de Floyd no mesmo dia em que o irmão do ex-segurança liderou um ato em homenagem no mesmo local onde ocorreu a morte há uma semana, em Minneapolis.
Na manifestação, Terence Floyd pediu continuidade dos protestos ? mas que ocorressem de maneira pacífica, em homenagem a George. Ele também estimulou os manifestantes a participarem ativamente da política e votarem nas eleições.