A queda de cabelo não é um dos sintomas do novo coronavírus, mas várias pessoas infectadas relatam tratar-se de um efeito secundário. Segundo o diário espanhol El País, Óscar Muñoz, do Hospital Ramón y Cajal, está conduzindo uma investigação para esclarecer se a queda de cabelo é causada por medicamentos ou pelo próprio vírus. Embora afete ambos os sexos, os médicos garantem que nas mulheres é mais evidente.
Os fios da americana caem aos tufos e ela não é a única: Peggy está em um grupo de apoio para pacientes que tiveram Covid-19 na sua cidade e vários ex-pacientes da infecção dizem estar experimentando o mesmo problema. A filha de Peggy, que tem 23 anos e teve coronavírus em abril, também está começando a perder cabelo.
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De acordo com o médico Nate Favini, em entrevista à revista Business Insider, o sintoma parece ser mais comum em pessoas que tiveram casos severos da Covid-19. Ele faz parte de um grupo de especialistas colhendo dados de pessoas recuperadas da doença nos Estados Unidos.
O nome oficial da condição é eflúvio telógeno, quando o cabelo para de crescer e começa a cair cerca de três meses após um evento traumático. "Quando o corpo está em uma situação realmente estressante, ele basicamente canaliza a energia usada para fazer o cabelo crescer para outras funções essenciais", explica o médico.
O problema costuma durar cerca de seis meses, e pacientes podem perder até metade dos fios da cabeça. Porém, Favini notou que, em pacientes que tiveram Covid-19, não é possível fazer essa previsão: ainda há muito que não se sabe sobre a infecção e seus efeitos colaterais.
"Paciência é o mais importante, além de dar ao seu corpo o cuidado que ele precisa para se recuperar e se curar", afirma o especialista.