A Rússia anunciou nesta quarta-feira (11) que a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleia contra a Covid-19, é 92% eficaz, segundo dados preliminares de estudos da fase 3 conduzidos do país.
A eficácia foi calculada com base em 20 casos confirmados de Covid em voluntários que tomaram a vacina e o placebo, em uma primeira análise provisória obtida 21 dias após a primeira injeção, segundo o comunicado.
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A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado.
Na prática, se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 90% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.
A informação foi divulgada pelo Instituto Gamaleya, ligado ao Ministério da Saúde do país, e o fundo de investimento russo que financia o desenvolvimento da vacina um dia após a Pfizer anunciar que o seu imunizante é mais de 90% eficaz, também segundo análise preliminar de estudos da fase 3.
Logo após o comunicado da Pfizer, Oksana Drapkina, diretora do Instituto Gamaleya, afirmou que a Sputnik V também tinha "mais de 90%" de eficácia. Mas não tinha divulgado dados que embasassem a declaração.
A farmacêutica americana diz que a sua análise provisória ocorreu após 94 voluntários infectados.
Nem os dados da Sputnik V nem os da Pfizer passaram por revisão dos pares nem foram publicados em revista científica.
Atualmente, 40 mil voluntários participam de ensaios clínicos duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo da Sputnik V, dos quais mais de 20 mil foram vacinados com a primeira dose e mais de 16 mil receberam duas doses, segundo o comunicado.