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Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno

TV Globo reuniu Alvaro Dias, Ciro Gomes, Haddad, Alckmin, Guilherme Boulos, Meirelles e Marina Silva

No último debate do primeiro turno, realizado pela TV Globo, nesta quinta-feira (4), sete presidenciáveis debateram ideias, apresentaram propostas e atacaram o candidato ausente, Jair Bolsonaro (PSL). Participaram do debate nos estúdios Globo, no Rio de Janeiro, Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). O mediador foi o jornalista William Bonner.

Bolsonaro foi convidado, mas informou que não compareceria por recomendação médica. Ele recebeu alta hospitalar no último sábado (29), depois de 23 dias de internação devido à facada que recebeu em um ato de campanha no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora.

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O debate foi dividido em quatro blocos:

No primeiro bloco, candidatos criticaram a chamada "polarização" entre Bolsonaro e o candidato do PT, Fernando Haddad.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, Bolsonaro tem 35% das intenções de voto; Haddad, 22%; Ciro, 11%; Alckmin, 8%; e Marina, 4%.

No segundo bloco, com temas determinados por sorteio, os candidatos discutiram custo Brasil, reforma trabalhista, saúde, infraestrutura, combate às drogas.

No terceiro e no quarto blocos, as intervenções dos candidatos envolveram críticas à ausência de Bolsonaro e discussão de propostas.

Respostas

Confira, abaixo, as respostas dadas pelos candidatos a presidente durante o debate:

Observação: A ordem dos candidatos segue a ordem de respostas dadas no primeiro bloco do debate.


			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
FOTO: Reprodução G1

MARINA SILVA (REDE)


			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
FOTO: Reprodução G1

FERNANDO HADDAD (PT)


			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
FOTO: Reprodução G1

HENRIQUE MEIRELLES (MDB)


			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
FOTO: Reprodução G1
  • Reforma trabalhista e direitos sociais: "Olha, há aqui uma grande diferença. O Boulos, como o PT, defendem corporativismo. E nós não. A reforma trabalhista foi necessária, ela foi importante para acabar com cartórios. O pais tinha 17, ainda tem, 17 mil sindicatos mamando lá no imposto sindical, na contribuição obrigatória. Aliás, o mais absurdo, 5,7 mil patronal. Isso é um absurdo verdadeiro. Nenhum direito foi tirado. Nenhum. E nem pode tirar nenhum. Então é uma inverdade isso que está colocado. O que o Brasil precisa é voltar a crescer. E para o Brasil voltar a crescer, sair desse marasmo, nós temos que fazer reforma. Reforma política, reforma tributária, simplificar o sistema tributário, reforma do Estado. O PT criou 43 empresas estatais, inclusive a TV do Lula. Gastou mais de R$ 2 bilhões. A Santa Casa aqui da cidade do Rio de Janeiro está fechada por falta de R$ 200 milhões. Eu vou enxugar a máquina, fazer reforma do Estado, privatizar, trazer investimento para o Brasil, recuperar a confiança e o Brasil vai voltar a crescer. O que a população quer é emprego. E nós vamos trabalhar para ter emprego na veia. O governo perdeu capacidade de investimento. Nós vamos trazer investimento privado para o Brasil voltar a crescer."
  • 'Custo Brasil': "Olha, primeiro destacar, sobre a questão da reforma trabalhista, que ela não tira um direito. O funcionário de uma empresa terceirizada tem o mesmo direito do outro. É da economia moderna você fazer a atividade principal, você quando faz uma montadora, você vai recebendo, várias empresas prestam serviços, isso é normal, é natural, não tem um direito a menos. A questão de grávida precisa ser regulamentada e eu vou corrigi-la. Em relação à questão do custo brasil, é uma barbaridade, 143 empresas estatais, 43 foram criadas pelo PT. Até a do trem-bala, não tem trem, não tem ferrovia, não tem nada, mas está aí a estatal. É preciso uma reforma do estado, que eu vou fazer, como fiz em São Paulo. A crise pegou o Brasil inteiro, todo o Brasil teve crise. São Paulo, fizemos superávit de R$ 5,3 bilhões e reduzindo imposto para o contribuinte. Nós reduzimos o imposto de remédio, todos os genéricos, de 18 para 12. Reduzimos imposto do etanol do carro, da pessoa que põe o etanol como combustível, de 25 para 12. É o menor do país. Zerei o ICMS do trigo, da farinha do trigo, do pão, do macarrão, das bolachas sem recheio, reduzimos imposto em quase todas as áreas. Agora, eu defendo a reforma tributária."
  • 'Extremos' na política: "Olha, eu acho que nós já tivemos, Alvaro Dias, você que já teve uma larga experiência, governador, senador, nós já tivemos a experiência do PT. E vimos o resultado disso. O resultado foram 13 milhões de desempregados, criminalidade na altura, saúde deteriorada, contas públicas com problema, empresas fechadas. Esse é um dado de realidade. E sempre terceirizam. A culpa é sempre de terceiros. Agora, também de outro lado, e eu venho há meses falando isso, o caminho também não é o radical de direita, que não tem a menor sensibilidade, entendeu. Você ouvir dizer que saúde não precisa de mais dinheiro. Ora, a saúde tá um caos, como é que não precisa de mais dinheiro, com uma população ficando mais idosa, e a medicina mais cara. Barbaridade. [Um candidato] que quer fazer imposto novo, CPMF, que é um imposto ruim, porque pega toda, em cascata, prejudica a população. [Um candidato] que não tem sensibilidade com os trabalhadores, que sustentam esse país, carregam na costa esse país, as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros. Não tem a menor sensibilidade com as mulheres, então, eu, nós que sempre estamos num outro caminho não dos radicais, de direita e de esquerda, temos que nesses três dias levar uma reflexão profunda do Brasil. Não podemos ir para esse segundo turno de extremos."
  • Políticas sociais e Bolsa Família: "Olha, só tem um caminho que é a retomada da economia, a retomada do emprego. Há uma crise de confiança. O investidor não investe porque não tem confiança. O consumidor também reduz consumo e o país não cresce, perdendo oportunidade porque a economia mundial deve crescer perto de 4% quase este ano. O Brasil tinha que estar liderando esse trabalho. Isso nós vamos ter que resolver com as reformas, elas são necessárias. Quero destacar aqui, acho que a gente tem que falar a verdade para as pessoas. É reforma política, essencial para o país poder avançar mais; reforma tributária, simplificar o modelo tributário; reforma previdenciária, para acabar com privilégio, é o regime geral de Previdência no setor público e no setor privado; e a reforma de Estado. O Bolsa Família nasceu com o presidente Fernando Henrique quando tinha Bolsa Educação, Vale Gás e Bolsa Saúde. Foi unificada no governo do PT e foi amplificada. Está correto. Nós vamos manter o Bolsa Família e vamos fazer, Meirelles, um retorno automático. Hoje, às vezes, a pessoa não quer sair do Bolsa Família porque tem medo de amanhã perder o emprego e não conseguir voltar para o Bolsa Família. Nós vamos garantir o retorno automático para a pessoa poder, tendo oportunidade, conseguir o emprego. E trabalhar para o Brasil ter investimento, crescer e ter emprego."
  • Saneamento: "Primeiro destacar a importância do saneamento básico. Se a gente olhar o copo meio cheio, meio vazio, o meio cheio é que as pessoas estão, é, melhorou, as pessoas estão vivendo mais e vivendo melhor. Três coisas fizeram esse salto, a gente viver aí 77 anos, vai passar de 80. A primeira coisa, água tratada. Água tratada. A segunda foi vacina. A terceira [foi] antibiótico. Então, saneamento básico é essencial para a saúde da nossa população. O que que nós vamos fazer? Hoje as empresas de saneamento, a maioria, 98% delas, são estatais, ou municipal, ou estadual. Elas pagam PIS-Pasep e Cofins. É um absurdo. O governo federal tributa água e esgoto, num país que não tem água, 30% da população não tem água e metade da população praticamente não tem coleta de esgoto. Nós vamos devolver esse dinheiro para investimento em água e esgoto. Se você tiver um bom... São Paulo é estatal. A Sabesp é uma empresa estatal. Mas, se tiver um bom marco regulatório, você pode trazer investimento privado para poder investir mais. Nós precisamos é de investimento. Colocar água dentro da casa das pessoas, coletar e tratar o esgoto sanitário. E quero trazer uma palavra sobre o Rio São Francisco que nós vamos fazer um grande trabalho."

			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
FOTO: Reprodução G1
  • 'Salvador da pátria': "Meu caro Meirelles, essa é uma pergunta muito importante, porque, talvez, seja a hora mais grave do brasileiro, nós todos aprendermos a importância de votar em projeto, em ideia, porque os homens, eles devem ter a noção de que nós somos passageiros, não é? Nenhum de nós é dono da verdade, nenhum de nós é capaz de governar uma nação de 208 milhões e 500 mil pessoas, com mil contradições, mil lindezas, mil maravilhas, mil defeitos, mil dificuldades. E esse é o grande drama do Brasil nesse momento. O choque entre duas personalidades exuberantes: é o lulismo, e o antilulismo que o Bolsonaro interpreta. Eu compreendo isso, compreendo. Eu sou humilde diante da realidade, por isso que eu estou determinado. Estou pedindo a Deus que ilumine a minha palavra para que a gente possa oferecer ao povo brasileiro um outro caminho. Não é para negar ninguém, mas na sua pergunta tem uma sabedoria: não existe salvador da pátria. Vamos raciocinar um pouquinho. Aqueles problemas todos que o Brasil tava falando passam também por problemas econômicos, 220 mil lojas fecharam no Brasil nos últimos três anos, 13 mil indústrias fecharam no Brasil nos últimos três anos. É uma coisa absolutamente grave, complexo o momento brasileiro, e o cenário internacional numa guerra importante comercial dos Estados Unidos com a China, mexendo, exigindo muita experiência, muita capacidade de intervenção e o Brasil dançando na beira do abismo com esse tipo de confrontação."
  • Desenvolvimento sustentável: "Eu tenho o privilégio de ter escolhido para a minha vice uma mulher que deve ser a melhor cabeça em matéria de compreensão desse grave problema que é a sustentabilidade do desenvolvimento agropastoril do Brasil. E, não só a minha vivência, eu trabalhei com Marina, no licenciamento da BR-163, o Brasil talvez seja o último país do mundo aonde o conceito de desenvolvimento sustentável possa ser praticado. Isso significa coisas concretas. Por exemplo: está se plantando cacau lá nas alturas da Transamazônica, já é mais produtivo do que na Bahia, onde ele teve um problema sério que é a praga da vassoura de bruxa. Se está plantando teca que é uma essência, madeira muito mais cara do que o mogno. Mas isso tudo está sendo feito meio que avulso. O que resolve isso são ferramentas modernas, em que nós fazemos o zoneamento econômico-ecológico e desestressamos, ou seja, geramos atividade produtiva para trás para proteger a floresta, porque a floresta modernamente vale economicamente muito mais em pé do que derrubada e desmatada. Mas no Brasil nós empurramos migrantes do Sul e do Nordeste para ir para a Amazônia e a condição de eles terem o título da terra, Haddad, lá atrás, era desmatar. E, de repente, mudam as leis e não se ensinou a população brasileira dos rincões do interior do Centro-Oeste, do interior da Amazônia, especialmente, onde essa questão é mais grave, as outras alternativas. Esse é o meu caminho. Mudar o perfil econômico e oferecer atividades alternativas que sejam protetivas das populações tradicionais e das áreas mais sensíveis."
  • Creches: "A minha proposta contempla a ideia de creche em tempo integral para todas as crianças de zero a três anos em seis anos. Portanto, extrapolando dois anos de um mandato cuja honra possa me dar o povo brasileiro de servir a essa grande nação como o seu presidente. Mas aquela outra demanda, das crianças de três a seis, são mais ou menos 2,3 milhões, dá para resolver no primeiro mandato e isso está, enfim, está com esse compromisso no meu programa de governo. Isso é uma razão bastante, porque as ciências modernas afirmam que é na primeira infância, ali do zero a três anos, que se formam as aptidões das crianças. Só agora se descobriu que se a criança não tiver a devida alimentação, o devido processo de socialização, de carinho, de estimulação neuro-hormonal e todas aquelas condições, nutrição, fisioterapia, atenção médica, odontológica, ela pode se comprometer pro resto da vida. Portanto, isso não pode mais ser adiado. Por essa razão mesma de darmos às crianças, dos filhos dos trabalhadores que não podem pagar creche, uma condição de, enfim, de implementar as suas melhores aptidões e nós temos, então, uma geração de brasileiros ainda mais forte, ainda mais trabalhadora, ainda mais culturalmente criativa. E há um drama grave. Com 13,7 milhões pessoas desempregadas, e com 32,2 milhões pessoas na informalidade, é preciso garantir que as crianças estejam protegidas, alimentadas, para que a mulher brasileira vá à luta, que não está fácil para ninguém."
  • Previdência Social: "A proposta que Michel Temer fez e que ainda está aí engatilhada, esperando, né, que a população brasileira, né, tomou a decisão errada nessa noite, eu peço a Deus que abençoe esta grande nação para que a gente ache o caminho correto, é uma aberração. Ela é uma aberração por dois lados. Primeiro, ela é injusta. O trabalhador rural do Nordeste, eu sou o único candidato nordestino, tenho que falar essa voz aqui que é uma origem, uma honra para mim. O trabalhador rural nordestino não pode ter a mesma idade mínima que um trabalhador de trabalho intelectual da praia de Fortaleza ou da Avenida Paulista ou do Leblon, em São Paulo, ou no Rio de Janeiro. Um professor em nenhum lugar do mundo é obrigado a dar 49 anos de aula para ter direito a aposentadoria integral. Nunca se viu em lugar nenhum do planeta um policial correr atrás de bandido 49 anos para ter direito a uma aposentadoria integral. Essa é a grande aberração. Ela é injusta. Ela é selvagem. Ela guarda coerência com essa matriz de economia política que o Bolsonaro propõe igual. Não é o Bolsonaro. É o Paulo Guedes. É só as pessoas lerem. Parece que eu estou aqui birrando, implicando, não. É o Brasil, e o candidato que está na frente das pesquisas, ele tinha que tá aqui para responder e, infelizmente, fugiu, tá dando entrevista na outra emissora concorrente aqui da Globo. E o outro problema é que o sistema de repartição, só o Brasil e a Argentina e a Venezuela praticam. Isso tá quebrado. Nós precisamos criar outro regime de capitalização que seja garantido para todos os brasileiros sem ferir nenhum direito adquirido."

			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
Guilherme Boulos, deputado federal eleito. FOTO: Reprodução G2
  • Ditadura: "Eu quero falar de outra coisa [foi preguntado sobre direitos trabalhistas], que eu acho que não merece riso [da plateia] porque o momento é grave. Não dá para a gente fingir que está tudo bem. Nós estamos há meses fazendo uma campanha que está marcada pelo ódio. Faz 30 anos que este país saiu de uma ditadura. Muita gente morreu, muita gente foi torturada, tem mãe que não conseguiu enterrar seu filho até hoje. Outro dia, conversava com meu sogro, e ele contava das torturas que sofreu na ditadura militar. Faz 30 anos, mas acho que a gente nunca esteve tão perto do que aconteceu naquele momento. Se nós estamos aqui hoje podendo discutir o futuro do Brasil, é porque teve gente que derramou sangue para ter democracia. Se você vai poder votar no domingo (7), é porque teve gente que deu a vida por isso. E, olha, quando eu nasci, o Brasil estava numa ditadura e eu não quero que minhas filhas cresçam num país com ditadura. Sempre começa assim, com arma, com 'tudo se resolve na porrada', que a vida do ser humano não vale nada. Eu acho que nós temos de dar um grito neste momento, botar a bola no chão e dizer: 'Ditadura, nunca mais!'."
  • Combate ao tráfico de drogas: "Ciro, primeiro dizer que a política feita no país, a de 'guerra às drogas', de combater supostamente o tráfico indo para as favelas, militarizando, botando polícia, como se o comando do crime organizado estivesse dentro de um barraco de favela. A gente sabe muito bem que o comando do crime organizado neste país está muito mais perto da Praça dos Três Poderes em Brasília ou da grande indústria da arma do que de qualquer favela deste país. A droga não nasce lá dentro do morro, ela chega lá. Chega dos atacadistas e olha, essa ideia de que usuário de droga tem que ser tratado com porrada, com bomba, com prisão, essa ideia está superada em todas as partes do mundo. E nós precisamos superar aqui também. A questão das drogas não pode ser um tema do código penal, porque isso só leva ao encarceramento em massa. A população de presos no Brasil dobrou nos últimos 10 anos. Eu pergunto: 'Alguém está se sentido mais seguro com isso?' Eu creio que não. Essa ideia do Bolsonaro de que tem que prender mais, dar mais arma, botar mais polícia, essa ideia não resolve aqui nem nenhuma outra parte do mundo. Droga não é caso do código penal, não é caso de polícia, abuso de substância química é caso de saúde pública é caso do SUS, é assim que tem que ser tratado. E é assim que nós vamos tratar."
  • Investimentos no ensino médio: "Nós temos que retomar os investimentos na educação pública do país, Haddad. Isso passa, em primeiro lugar, por revogar a Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos, inclusive em educação e saúde, pelos próximos 20 anos no Brasil. Nós vamos revogá-la. Retomando os investimentos, é possível cumprir o Plano Nacional de Educação. Investir no custo-aluno inicial, que prevê R$ 50 bilhões para o ensino básico no Brasil, equipando as escolas com WiFi, criando as condições para que os professores tenham salário digno e tenham plano de carreira. Isso é essencial. Nós temos que fazer um debate, também, sobre currículo. A reforma do ensino médio feita pelo governo Temer, que tirou a filosofia e tirou a sociologia, é uma reforma que tira o pensamento crítico. Nós precisamos revogar esta reforma porque ela foi feita sem discutir com ninguém e mexer no currículo porque a escola não pode ser para formar os nossos jovens apenas para fazer uma prova no fim do ano, tem que ser para formar para a vida. E por isso os grandes temas têm que estar no currículo. Inclusive a questão de gênero, diversidade sexual e racismo. Isso tem que ser debatido desde as escolas, porque quando não se debate gera preconceito. E o preconceito estimula o ódio e a intolerância".
  • Impostos: "Olha, Marina, primeiro, você tem razão quando diz que o trabalhador e a classe média já pagam impostos demais. Aliás, quem quer aumentar impostos para os mais pobres é o Jair Bolsonaro. O economista dele propôs uma alíquota de 20% para o Imposto de Renda. Você que ganha R$ 2 mil e hoje está isento teria que pagar R$ 400 de imposto. Agora, se a gente olhar no andar de cima, acontece o contrário. O governo no Brasil é como se fosse um Robin Hood ao contrário. Ele tira dos mais pobres para dar para os mais ricos. Super rico no Brasil não está acostumado a pagar imposto. Banqueiro não paga imposto. Grande empresário paga muito pouco imposto. O bolsa empresário, por exemplo, é R$ 283 bilhões em desonerações fiscais. Liberou para o empresário não pagar. Isso dá dez vezes o valor do Bolsa Família. Já disse aqui, quem tem carro, paga IPVA. Quem tem um jatinho ou um helicóptero, não paga nada. Isso daria R$ 4 bilhões, só se arrecadasse esse imposto. O que dá para fazer 100 mil casas populares. Nós precisamos fazer com que quem tem menos, pague menos. Quem tem mais, pague mais. Isso seria uma justiça tributária. E é isso que nós vamos fazer. E esse dinheiro ser investido em políticas sociais, em creche, em escola, em posto de saúde, em moradia popular, em saneamento básico, naquilo que o povo precisa."

			
				Presidenciáveis discutem ideias e propostas no último debate do 1º turno
FOTO: Reprodução G1

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