A situação na Central de Abastecimento de Alagoas, a Ceasa, é crítica. Com a greve dos caminhoneiros, o estoque de mercadorias está restrito. Desde a semana passada, poucos caminhões estão chegando e a maioria só com metade da carga. Normalmente, a Ceasa recebe 100 caminhões por dia e 160 às quintas-feiras, que é o mais movimentado. Com a greve, estão chegando cerca de 20 por dia, a maioria com produtos de Alagoas.
"Poucos caminhões entraram e a maioria dos produtos está com o estoque mínimo, alguns zerados. Estamos zerados de cebola,mas entrou um caminhão e os últimos sacos já foram vendidos. Tomate a mesma coisa. Chegou metade de um caminhão e quase tudo foi vendido", disse o chefe de gabinete da Ceasa, Janio Pereira Ricardo.
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O que vem do Sul e Sudeste é a maior fonte de preocupação, até pelo estado dos alimentos. "As mercadorias do Sul e Sudeste, como batata e morango, por exemplo, estão desabastecidas desde a semana passada. Algumas coisas poucas, de lugares mais perto, estão chegando, mas a demanda está muito grande".

O gerente de mercado do Ceasa, Jeferson Vasconcelos, acredita que ainda vai levar de 5 a 10 dias depois do fim total da greve para que o abastecimento volte ao normal. "Acredito que nesse período já poderemos ter um estoque regular, mas ainda com alguma faltas, especialmente de produtos trazidos mais de longe e também de outros países, como a Argentina".

O comerciante Douglas Silva conta que já teve um prejuízo de R$ 3 mil. Ele vende bananas. "Não chega a mercadoria e desde a semana passada estamos no sufoco. Está prejudicando bastante a gente e eu quero intervenção militar, ou pra resolver a situação ou pra 'desmantelar' logo tudo. A culpa não é dos caminhoneiros, mas dos políticos".
