Os familiares de uma criança que sofre com crises convulsivas vivem a angustiante espera pela realização de um exame de ressonância por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). E na busca desgastante por um diagnóstico, a avó do pequeno Anthony Gabriel resolveu recorrer à Defensoria Pública de Alagoas para tentar descobrir a razão pela qual o garoto convulsiona repentinamente.
Em contato com aGazetaweb, Maria de Fátima Siqueira disse ter ouvido da SMS que o Município não dispõe de um anestesista para a realização do exame solicitado pela pediatra da criança, uma ressonância craniana sem contraste e com anestesia.
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"Este papel [solitação do exame] passou quatro meses no CORA [Complexo Regular de Maceió]. No final do mês passado, fui à Defensoria e, tempos depois, o juiz autorizou exame do meu neto, mas a secretaria ainda não o fez", explicou Maria de Fátima.
Anthony Gabriel nasceu prematuro e passou três meses de sua vida entubado. "Ele está bem e, do nada, começa a convulsionar. É por isso que a médica solicitou o exame, na tentativa de descobrir a causa das convulsões", emendou.
Após tomar ciência do caso, a Defensoria Pública ingressou com uma ação civil pública e, segundo o defensor Fabrício Souto, a Prefeitura de Maceió assinou um TAC [Termo de Ajustamento de Conduta] em que se comprometeu a realizar o exame.
De acordo com o defensor, a decisão, inclusive, não cabe recurso, com a Defensoria também tendo solicitado o bloqueio de contas, a fim de garantir o custeio do procedimento médico.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde e aguarda um posicionamento do órgão.