Durante a audiência de instrução do caso Bárbara Regina, realizada nesta quinta-feira (15), no Fórum de Maceió, Otávio Cardoso alegou, mais uma vez, que é inocente. No entanto, no depoimento, realizado por meio de videoconferência, ele confessou que utilizou o celular da vítima após o desaparecimento, conforme indica a investigação do caso.
"Usei para ligar porque o meu estava sem carga, mas devolveria se um dia a encontrasse. Sou inocente e nunca cometi nenhum crime contra a vida de ninguém", defendeu Otávio.
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Otávio diz que Bárbara teria pedido carona para sair da boate e, na caminho, teria deixado o celular cair no carro. Ele alega ainda que deixou a estudante em um ponto da orla da Ponta Verde, e que não sabia para onde ela iria depois. Após isso, acabou usando o celular.
Otávio é acusado pelo Ministério Público de Alagoas e pela Polícia Civil de ter matado a estudante universitária após sair de uma boate na Ponta Verde em 2012.
A audiência de instrução pode levar Otávio Cardoso - preso na cidade de Terra Nova do Norte, no Mato Grosso, em outubro do ano passado - para o banco dos réus, onde deverá ser julgado pelo assassinato, desaparecimento e ocultação do cadáver de Bárbara.
O CASO
Otávio Cardoso é considerado suspeito na morte da estudante universitária Bárbara Regina, que desapareceu em setembro de 2012. Ele foi visto saindo com ela de uma boate no bairro Ponta Verde, em Maceió, dirigindo-se até a cidade de Rio Largo, região metropolitana de Maceió.
Em Alagoas, Otávio chegou a ser visto pela última vez na cidade de Murici, em maio de 2013, oito meses após a morte de Bárbara Regina, que teria sido assassinada após se negar a fazer sexo com o suspeito.
A família de Bárbara, por sua vez, recorreu ao Ministério Público após a polícia apresentar uma segunda versão para o crime, a de que Vanessa Ingrid, suspeita de comandar uma rede de prostituição no estado, teria encomendado a morte da estudante de 21 anos em virtude de uma suposta dívida.
Já Moab Lino Balbino foi preso em 2014, quando acusado de integrar uma quadrilha de roubo de carros. Ele teria ajudado Otávio a levar o corpo da estudante desaparecida em um veículo que tinha queixa de roubo e estava com Antônio Nunes de Brito, preso em flagrante por receptação e falsificação de documento.