Sob clima de revolta dos familiares, o corpo da dona de casa Expedita da Silva, de 37 anos, foi enterrado, na manhã desta quinta-feira (25), no cemitério Campo Santo Parque das Flores, em Maceió. A filha da vítima, de 13 anos, disse que a mãe estava privada de liberdade e não aguentava mais a pressão que sofria do marido, o cabo PM Ivan Augusto, apontado como autor do assassinato de Expedita.
Os parentes exigem punição ao militar, que teve pedido de prisão preventiva feito à Justiça pelo delegado que cuidava do caso até então, Robervaldo Davino.
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"Minha mãe estava no limite dela. Não tinha liberdade alguma", afirmou a adolescente Laura Vitória, filha do casal e testemunha do crime. A garota já foi ouvida pela Polícia Civil e narrou detalhes do convívio dos pais, que seria bastante conturbado.

"A família exige punição. A família quer que pague pelo crime. Minha irmã não merecia ter morrido desta forma. Ela sempre foi fiel e respeitosa para com seu esposo", disse João Celso Neto.
E completou o pensamento: "Ela [a irmã] era uma pessoa íntegra, mas o esposo desconfiava de tudo e de todos", reforçou o irmão.

ENTENDA O CASO
O cabo se apresentou no Quartel Geral da Polícia Militar, na segunda (22), três dias após o crime. Expedita da Silva chegou a ser socorrida para o Hospital Geral do Estado, onde passou por procedimento cirúrgico, mas morreu na terça-feira.
Na sexta (19), após um desentendimento, o policial, segundo testemunhas, efetuou sete disparos de arma de fogo contra a mulher, fugindo em um veículo Ônix de cor preta. Ela foi atingida nos braços, pernas e costas.