Os estudantes secundaristas e universitários marcaram, para o dia 26 de janeiro, à tarde, na Praça Deodoro, um ato contra a possibilidade de aumento da passagem de ônibus em Maceió. Vários movimentos estão se articulando e tentam unificar a data numa tentativa de pressionar os empresários e a prefeitura para evitar o reajuste da tarifa, que já está sendo discutido.
A ideia é reunir o máximo de pessoas possível na praça, a partir das 15h, e de lá os manifestantes saírem em caminhada pelas ruas centrais da cidade.
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Nessa segunda-feira (15), um grupo de estudantes se reuniu na Universidade Federal de Alagoas para discutir o assunto e montar um calendário de atividades. Ficou acertada a organização do protesto no fim do mês, além de visitas frequentes a escolas da capital e panfletagem, tanto na porta das unidades de ensino como nos pontos de ônibus.
PANFLETAGENS
No cronograma do movimento estudantil constam atividades de sensibilização a partir da semana que vem, nas escolas e nos pontos de ônibus. Estão sendo convidados, além dos secundaristas e universitários, os trabalhadores do comércio, que utilizam o transporte público todos os dias.
A proposta é sensibilizar a população que depende do transporte coletivo em Maceió a participar do ato público e protestar contra o aumento, considerado abusivo pelos estudantes.
"Qualquer reajuste na tarifa, neste momento, é abusivo. Temos que levar em consideração a qualidade dos ônibus disponibilizados pelas empresas na capital e a pouca quantidade deles rodando. Eu mesmo tenho que esperar cerca de 40 minutos diariamente para apanhar um da minha casa até a Ufal", destacou o estudante Gabriel Santos, diretor de comunicação do Centro Acadêmico do curso de História da Ufal e integrante do movimento Afronte.
Ele diz que o argumento dos empresários de que o reajuste é justificado devido à elevação do valor dos insumos cai por terra. Segundo o estudante, a população também se vê obrigada a pagar tributos, que são reajustados todos os anos, e precisa fazer malabarismo com o salário.
15%
Os empresários protocolaram, na semana passada, um pedido de reajuste da passagem de ônibus na capital de 15%, o que elevaria a tarifa para R$ 4,02 (mais ou menos).
O prefeito Rui Palmeira e o secretário municipal de Transporte e Trânsito, Antônio Moura, disseram que o percentual está descartado e que um estudo, preparado pela SMTT, vai detalhar, em tabelas, a situação do transporte coletivo. A partir desta análise, será definido se o aumento ocorrerá ou não.
A decisão acerca da tarifa será tomada em um encontro do Conselho de Trânsito. Cabe ao prefeito fixar o percentual de reajuste.