Com a temporada 2018 muito próxima de começar oficialmente em Alagoas, a torcida do CRB já não consegue mais controlar a ansiedade em rever seu time dentro de campo. Isso também se deve pela possibilidade de o Galo se tornar campeão alagoano pela quarta vez consecutiva, feito alcançado pelo clube alvirrubro nas décadas de 40 e 70, quando se igualou ao CSA - maior rival -, que possui três tetracampeonatos.
Primeiro clube a conquistar o campeonato alagoano, no ano de 1927, o CRB voltaria a levantar o caneco estadual em 1930. Após o bi, o alvirrubro viu o CSA tornar-se o maior campeão do estado, com cinco títulos até o ano de 1936. Porém, com um time intitulado "esquadrão de aço", o Galo sagrou-se, pela primeira vez em sua história, tetracampeão alagoano entre 1937 a 1940, engrandecendo a rivalidade com o Azulão.
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Sempre a medir forças com o CSA nas décadas seguintes, em busca da hegemonia do futebol alagoano, o CRB voltaria a ser tetracampeão 39 anos depois do primeiro feito. Com um timaço comandado pelo ponta-esquerda Silva, o Regatas celebrou o seu segundo tetra em 1979, quando o Galo também contava com craques como Jorge da Sorte.
Diretor do Museu dos Esportes, o historiador Lauthenay Perdigão relembra, com muito saudosismo, o Galo em 79. "Era um time que dava gosto de você assistir. Claro que eram outros tempos, mas aquele time fazia os torcedores irem à loucura nas arquibancadas", afirmou.

À
Gazetaweb
, Silva também não esquece a época em que foi ídolo regatiano, afirmando que o ponto forte de seu time era a qualidade técnica dos jogadores.
- Aquele elenco tinha uma qualidade técnica grandiosa, algo difícil de se encontrar no futebol atual. Além disso, o time era formado por jogadores mais experientes, mesclados com os garotos da base do CRB, o que contribui bastante para a evolução de uma equipe.
Coincidência ou não, em 2018, completa-se 39 anos do segundo tetra do CRB, o que eleva a esperança do mais supersticioso torcedor alvirrubro em torno de mais um título estadual.
Aliás, nos últimos anos, o Galo tem construído uma vantagem considerável em relação ao CSA quando a disputa é o Campeonato Alagoano. Para se ter uma ideia, nos anos 2000, o Regatas acumula seis troféus (2002, 2012, 2013, 2015, 2016 e 2017), contra apenas um do rival (2008).
Para o torcedor Vitor Neves, 27, erguer mais uma taça terá um significado ainda maior para cada regatiano.
- Vencer o Campeonato Alagoano mais uma vez será algo inesquecível para qualquer regatiano. Isso porque, além de ser tetracampeão, o título vai dar continuidade a esta hegemonia do CRB no cenário do futebol alagoano. Tenho certeza que seremos campeões.

Contudo, o CRB não deve ter vida fácil. É que o maior rival vem embalado após uma temporada vitoriosa, em razão do título da Série C do Brasileiro. E sem levantar o caneco no Estadual desde 2008, a direção azulina já adiantou que o título, 10 anos depois, é a principal meta do clube neste primeiro semestre.
Questionado sobre a expectativa em torno do Alagoano 2018, Silva disse acreditar que este será um dos campeonatos mais difíceis dos últimos anos para o Galo.
- Eu vejo o favoritismo um pouco ao lado do CSA, pelo fato de os jogadores se conhecerem bem desde a temporada passada, diferentemente do que ocorre ao CRB, que renovou seu elenco. Outra novidade é que as duas equipes estarão juntas na Série B, tendo investimentos parecidos, coisa que não ocorria há algum tempo. Com todos estes fatores em jogo, se o Galo for tetracampeão, o título deverá ser ainda mais valorizado. O certo é que teremos grandes emoções.
O CRB começa a sua caminhada no Campeonato Alagoano no dia 21 de janeiro, diante do CEO, no Estádio Rei Pelé, enquanto o CSA vai encarar o Santa Rita, no mesmo dia, em Boca da Mata.